A investigação se concentrou em alguns recursos do TikTok: configurações padrão da conta, configurações de “Emparelhamento Familiar”, e verificação de idade. Após consultar o Conselho Europeu de Proteção de Dados, o DPC descobriu que o TikTok definia as contas das crianças como públicas por padrão quando elas se inscreviam na plataforma. Isso significava que os vídeos infantis eram visíveis publicamente por padrão e que comentários, duetos e outros recursos também eram ativados por padrão.
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O Emparelhamento Familiar, um recurso introduzido pelo TikTok em 2020, permite que contas de crianças sejam vinculadas a uma conta de adulto separada, em teoria para gerenciar configurações do aplicativo, como limitar o tempo de tela e restringir mensagens diretas e conteúdo que pode não ser apropriado. A DPC descobriu que os perfis de crianças no TikTok poderiam estar vinculados a contas que a empresa não verificou pertencerem aos pais ou responsáveis. Uma vez vinculados, as configurações do perfil da criança podem ser afrouxadas pelo usuário adulto para permitir mensagens diretas.
Um ponto crítico é se o TikTok fez o suficiente para manter as crianças com menos de 13 anos de idade fora da plataforma por meio da verificação de idade. Embora a decisão tenha concluído que os métodos de verificação de idade do TikTok não violavam as leis do GDPR, ela determinou que a empresa não protegeu suficientemente a privacidade de crianças menores de 13 anos que puderam se inscrever para uma conta.
Em 2021, o TikTok reforçou as configurações de privacidade em contas pertencentes a usuários de 13 a 15 anos, tornando-as mais privadas por padrão. O TikTok terá três meses para adequar suas práticas.
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