Elon Musk declarou, nesta segunda-feira (8), que vai eliminar do Twitter as contas com muitos anos de inatividade, seu último anúncio com vistas a dinamizar a plataforma.
“Estamos depurando as contas que não tiveram atividade por vários anos, por isso que, provavelmente, seu número de seguidores vai cair”, advertiu o dono da rede social em um tuíte.
Depois de comprar a plataforma no fim de outubro, o magnata começou a transformar seu funcionamento com ações que vão desde demissões em massa de funcionários a mudanças caóticas na dinâmica da rede social.
Muitos anunciantes deixaram de investir em publicidade na plataforma e alguns usuários desativaram suas contas, enquanto a nova fórmula de assinatura Twitter Blue, que garante o selo de verificado e alguns privilégios, permanece longe de compensar a perda de receita, afirmam analistas.
Mas o também proprietário das marcas Tesla e SpaceX segue com suas apostas, animado com as respostas de seus fãs.
“Trabalhamos duro para fazer com que seu ‘feed’ seja o mais interessante possível […] Como ele é hoje comparado com seis meses atrás?”, preguntou Musk em uma enquete no domingo.
Aproximadamente 46%, de um total de 1,5 milhão de participantes, respondeu “melhor”, e 38% “pior”.
Em diversas ocasiões nos últimos meses, Elon Musk falou sobre um objetivo enigmático: “maximizar o tempo de uso [dedicado à plataforma] sem arrependimento”.
Quando as marcas decidem onde anunciar, elas levam em conta diferentes métricas, que incluem o número de usuários ativos, o tempo médio na plataforma e até mesmo “o engajamento”, ou seja, o número de interações com os conteúdos, como comentários, curtidas, etc.
O “tempo dedicado sem arrependimento”, “não é como o número total de usuários ou outra [métrica]. É justamente o número total de minutos sem arrependimento”, explicou Musk em uma conferência para profissionais de publicidade em Miami no mês passado.
Musk, no entanto, não indicou como esse parâmetro é medido na prática e, como o seu próprio nome indica, isso dá a entender que sua avaliação é subjetiva.
Segundo estudos da consultora Insider Intelligence, as receitas do Twitter devem cair 28% este ano porque “os anunciantes não têm confiança em Musk”.
Entretanto, em uma entrevista à BBC, Musk garantiu que os anunciantes estão voltando e que a empresa está “próxima do ponto de equilíbrio”.
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