A indústria do entretenimento digital enfrenta um desafio após o ápice durante os anos de pandemia, com a retomada das viagens, bares, festas e passeios em família. Apesar do interesse do público, algumas das principais empresas de streaming têm enfrentado perdas significativas de clientes. É necessário oferecer produções originais que atraiam e fidelizem os usuários.
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De acordo com uma pesquisa da plataforma Roku realizada entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, 75% dos brasileiros usavam plataformas de streaming audiovisual diariamente. Isso levou a um aumento nos preços das assinaturas, que passaram R$77 mensais (em média) antes da pandemia para R$95,70 em 2022, aumento de 23,2%. No entanto, caso haja interesse em assinar novos serviços, o gasto total mensal pode chegar a R$268. Pesado, né?
Eu não tenho Netflix acredita?
— Making of da vida alheia (@madeinbajor) March 20, 2023
Eu cancelei pq tava ficando caro demais tanto streaming.
Felizmente a minha prima me deu uma tela em troca de um acesso à HBO Max. Acho o combo muito caro, ainda mais que não vejo nada do Disney+. Esse lance de ter duzentos streaming é ruim demais, o único que recomendo é a roxinha mesmo, e o prime vídeo, que vem com assinatura prime.
— capivara capivarão (@capivarao123) June 1, 2023
Eu acho que tem streaming demais pra cobrar algo tão absurdo. Já é o serviço mais caro, com esse acréscimo fica totalmente inviável
— Carissa Vieira (@carissinha) May 24, 2023
Concorrência acirrada e falha de planejamento
Além disso, empresas enfrentam outros problemas, como a concorrência com uma diversidade absurda de streamings que surgiram nos últimos meses e problemas com planejamento. A Netflix, por exemplo, está enfrentando um processo movido por acionistas que a acusam de propaganda enganosa em relação à sua capacidade de aumentar o número de assinantes no primeiro trimestre de 2022.
Em 23 de maio de 2023, o HBO Max assustou o mercado a informar uma “junção” com Warner e Discovery, passando a se chamar apenas Max. Esse também foi o dia em que a Netflix tentou, silenciosamente, limitar o compartilhamento de senhas, enquanto o Max enfrentava problemas em seu aplicativo. Alguns consideram esse dia como o fim do streaming, claro, com muito exagero.
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Infelizmente, cancelando a #Netflix sendo assinante desde nem sei quando depois dessa palhaçada. O streaming mais caro e ainda mais colocando esse impedimento. 4 telas são 4 telas, e fim. Adeus, seguirei com os demais.
— Jéssica Maria ✸ (@jsscmaria) May 29, 2023
Já achava absurdo ter que pagar o plano mais caro da Netflix só pra ter acesso à resolução 4k, tanto que cancelei, já que nunca precisei de 4 telas
— HendecaJr.🌱 (@_junz) May 24, 2023
Agora, pra piorar, a Netflix tá cobrando uma taxa adicional se uma dessas 4 telas for em outro endereço, canalhice total hahaha
Sarah Henschel, analista da Omdia, afirmou em entrevista à Wired que a indústria de streaming está atingindo um ponto de inflexão, após uma década de crescimento desenfreado. Agora, os serviços precisam encontrar maneiras de gerar lucro e não podem mais oferecer todo o conteúdo por preços baixos.
“Estamos vendo muitos desses serviços atingirem a maturidade, enquanto nos últimos 10 anos tem sido meio que o Velho Oeste. Eles estão todos começando a encarar a realidade de que precisam ganhar dinheiro agora e não podem mais distribuir todo o conteúdo do mundo por US$ 5 (cerca de 25 reais aqui no Brasil) .”
Nos últimos três anos, serviços como Netflix, Disney+ e outros enfrentaram a rotatividade de assinantes causada pelo excesso de opções, após terem conquistado uma audiência cativa durante a pandemia.
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Para enfrentar a perda de receita, muitas empresas lançaram níveis de assinatura com suporte de anúncios. No entanto, essa estratégia também gerou confusão entre os espectadores se vale a pena investir em um streaming em meio às constantes mudanças de conteúdo.
@curtonews A era do streaming está passando por uma fase de reagrupamento, com a necessidade de encontrar novas estratégias para conquistar e manter os assinantes. Será que a indústria do entretenimento digital está em declínio?
♬ som original – Curto News
Luta pela sobrevivência dos streamings
A competição se intensificou à medida que empresas de tecnologia, como Netflix e Amazon, entraram no jogo da produção de Hollywood, enquanto Hollywood buscou estabelecer seus próprios serviços de streaming. No entanto, o cenário atual se assemelha mais ao mundo estabelecido da televisão, onde os programas circulam entre diferentes plataformas.
O que vai rolar com essa crise de identidade no streaming é uma incógnita. Henschel diz que o número de serviços de streaming atingiu um pico e provavelmente vai diminuir. Quando isso rolar, alguns streamers podem não dar conta ou perder força.
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“É possível que muitos assinem e cancelem vários serviços, várias vezes”, comenta, concluindo que a ideia de “ver TV” vai envolver várias outras decisões que nem existiam há seis anos, ou até mesmo seis meses atrás.
(Fonte: The Monitor/Wired)
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