Capivara Filó: entenda o que está por trás da polêmica envolvendo o animal silvestre

Se você está ligado na internet, já deve visto algo sobre a capivara Filó. O animal silvestre foi criado desde filhotinho por um influenciador fazendeiro da região amazônica, Agenor Tupinambá - que bombou nas redes sociais postando seu dia a dia com o animal. A história foi interrompida quando o Ibama recolheu Filó. A ação causou comoção e houve uma intensa campanha para que ela fosse liberada, o que ocorreu por decisão de um juiz. Ambientalistas alertam, no entanto, que tratar e postar animais silvestres como pet, além de ilegal, pode incentivar crimes como tráfico de animais. Entenda!

Informações mais recentes sobre o caso:

  • A capivara Filó foi devolvida – com guarda provisória por meio de liminar – ao influenciador Agenor Tupinambá na manhã de domingo (30), em Manaus;
  • A decisão partiu do juiz André Lopes Cavalcante, da 9ª Vara Federal Cível de Manaus;
  • Filó foi apreendida pelo Ibama na última quinta-feira (27);
  • Agenor Tupinambá foi autuado em 17 mil reais por “exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais”;
  • O influenciador teve que apagar as postagens sobre a capivara.
@curtonews

A história da Filó ganhou um contorno emocional impressionante, porque traz como pano de fundo o amor de um tutor pelo animal que ele criou. O que acontece é que a questão é mais profunda e envolve a legislação brasileira.

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Entenda o caso

A história da Filó ganhou um contorno emocional impressionante, porque traz como pano de fundo o amor de um tutor – no caso o fazendeiro e influenciador Agenor – pelo animal que ele criou. Sim, quem não se emocionaria com uma despedida triste?

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Aparentemente a capivara Filó era tratada com carinho e cuidado e quem não se conecta com uma história dessas? Essa revolta estimulou uma campanha nas redes para que Filó voltasse para casa, e houve comemoração pelo retorno do animal:

Mas a questão é mais profunda: a legislação brasileira não permite que um animal silvestre seja criado como pet, tão pouco ser personagem de posts nas redes sociais. O decreto nº 6.514/2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998).

Animal silvestre não é pet, diz Ibama

O próprio influenciador Agenor Tupinambá admitiu que errou no caso Filó, mas que nunca teve a intenção de fazer mal ao bicho ou mesmo incentivar a prática de exploração de animais silvestres. “Eu também sei que aconteceram equívocos, e garanto que os erros que cometi foram inconscientes, sem má índole e nem qualquer tentativa de exploração”, argumentou Agenor em nota oficial no Instagram.

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Agenor nega ter recebido qualquer resultado financeiro dos posts que viralizaram – e trouxeram milhares de seguidores para suas redes.

Em um vídeo, um agente ambiental explica o caso e rebate algumas informações do influenciador e de apoiadores que estavam circulando na internet :

A história de Filó e Agenor está longe de acabar, já que há um processo judicial em curso, com acusações de ambos os lados.

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