Cardápio digital é chato ou necessário?

Não tem meio termo: ou você ama ou odeia o cardápio via QR Code. A discussão polêmica rende tanto que foi parar até nas casas legislativas. Mas afinal, o que há de mal ou de bom por trás disso?

Publicado por
Gabriela Gonçalves

O cardápio via QR Code foi adotado durante o período de pandemia, mas mesmo após o fim da emergência sanitária o menu digital continua disponível nos restaurantes – e em alguns, só em formato digital.

Em 2020, fazia muito sentido termos cardápios digitais na mesa, já que é só apontar a câmera do seu celular para o código do QR Code que fica posicionado em algum lugar da mesa. Naquela época, lavávamos as compras do mercado com água e sabão. Um cardápio digital era o mais higiênico, evitava o contato de mãos contaminadas no cardápio de papel, adequado ao para o momento pandêmico.

As restrições acabaram, mas os cardápios digitais ficaram firmes e fortes, e não tem previsão de adeus.

Algumas casas legislativas já estão discutindo o cardápio digital, mas a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes argumenta que esta não é uma questão para leis, mas sim uma decisão de mercado.

No Rio de Janeiro, deputados aprovaram o projeto que proíbe restaurantes de usarem apenas o cardápio digital. A mesma proposta tramita em Minas Gerais.

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Não tem meio termo: ou você ama ou odeia o cardápio por QR Code. A discussão polêmica rende tanto que foi parar até nas casas legislativas…

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Para Simone Galante, CEO da Galunion, consultoria especializada em alimentação fora do lar, o cardápio digital é mais prático e ecológico.

“O cardápio digital acaba sendo mais ecológico, pois não há a necessidade de ser impresso. Sim, isso reduz custos, o que é importante para os preços do cardápio continuarem a ser competitivos. Mas também traz outras vantagens: o cardápio digital pode ser atualizado antecipadamente a cada mudança de prato, alteração de valores ou inclusão de promoções esporádicas, disse.

Simone destacou os principais benefícios do cardápio digital para os consumidores:

  • É mais higiênico;
  • É mais ecológico, pois não gera novas impressões constantes;
  • Autonomia para o consumidor: chega e já pode acessar o menu;
  • Pode ter fotos que facilitam a escolha;
  • Pode ser atualizado constantemente com novidades, promoções em horários diferentes
  • Pode ser atualizado com estoque, facilita a escolha e não gera frustração;
  • Pode ter o link com a lista de nutrientes e alergênicos dos ingredientes do cardápio;
  • Pode ter sua letra aumentada facilitando a leitura;
  • Podem ter link para pedido e pagamento automáticos, gerando mais rapidez;
  • Podem facilitar os cardápios sazonais e de produtos frescos da estação.

Mesmo com tantos argumentos a favor, há uma campanha na internet para que os restaurantes e bares tenham também o cardápio no formato físico – nem todo mundo quer usar o celular ou tem habilidade para usar o QR Code.

O perfil The Summer Hunter no Instagram e também alguns restaurantes fizeram uma campanha contra a prevalência do QR Code:

E o que você acha desse debate?

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Gabriela Gonçalves

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