O planeta está sendo atingido por um golpe duplo de aquecimento global em 2023. O aumento inexorável da temperatura global, causado pelas emissões de gases de efeito estufa, está sendo acentuado pelo El Niño. Este evento é a maior influência natural no clima e acrescenta mais calor a um mundo já superaquecido. O resultado é um clima extremo sobrecarregado, afetando vidas e meios de subsistência.
O último grande El Niño de 2014 a 2016 levou cada um desses anos a quebrar sucessivamente o recorde global de temperatura e 2016 continua sendo o ano mais quente já registrado. No entanto, o El Niño já começou e já pode estar gerando novos recordes de temperatura, com ondas de calor intensas de Porto Rico à China.
O oceano absorve mais de 90% do calor retido pelos gases de efeito estufa liberados pela queima de combustíveis fósseis e outras atividades humanas. O oceano é particularmente eficaz em absorver o calor durante um evento La Niña, quando as temperaturas do Pacífico leste são especialmente frias.
No entanto, durante um El Niño, parte desse calor é liberado para a atmosfera porque a água quente se espalha pelo Pacífico, sufocando as águas mais frias. O El Niño pode adicionar até 0,2°C às temperaturas globais anuais da superfície.
O ciclo El Niño-La Niña muda a posição das águas quentes do oceano e do ar úmido e carregado de chuva acima dele, o que significa que o ciclo traz ondas de calor, secas, incêndios florestais e inundações para diferentes regiões.
Os locais mais próximos do Pacífico são os mais afetados. No Peru e no Equador, o El Niño traz fortes chuvas e inundações.
Na Amazônia, o clima fica mais quente e seco durante o El Niño, o que significa menos crescimento e maior risco de incêndios em uma floresta que já se aproxima de um ponto crítico. O calor e a seca também aumentam na Colômbia e na América Central.
Os países mais distantes também são significativamente afetados pelo El Niño, que muda a posição do vento. Como resultado, o sul dos EUA tem clima mais úmido e maiores riscos de inundação, enquanto o norte dos EUA e o Canadá ficam mais quentes e secos. A situação é semelhante na China, mais úmida no sul e mais quente e seca no norte.
@curtonews Como o evento climático El Niño está afetando o aquecimento global em 2023? 🔥
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O fenômeno El Niño chegou em maio e deve se fortalecer nos próximos meses, com 84% de chances de um evento moderado e 56% de chances de um evento forte.
As temperaturas médias globais no início de junho ficaram quase 1°C acima dos níveis registrados anteriormente para o mesmo mês. Alguns cientistas disseram que o aquecimento sugere que 2023 pode se tornar o mais quente já registrado, embora a maior parte do calor do El Niño apareça em 2024.
Os cientistas não têm certeza. Isso ocorre em parte porque não há muitos eventos de El Niño e La Niña no registro observacional, que remonta a cerca de 150 anos.
Uma coisa é certa. O aumento das temperaturas globais, impulsionado nos anos de El Niño e trazendo condições climáticas extremas, não terminará até que as emissões de carbono sejam reduzidas consideravelmente.
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