Geração Z prefere ter qualidade de vida do que dinheiro extra no banco, mostra pesquisa nos EUA

Economizar é um mantra para muitas pessoas. Não para a Geração Z que mora nos Estados Unidos. Um levantamento mostra que, ao contrário dos seus antecessores, os integrantes da geração Z estão mais focados em ganhar e gastar dinheiro do que fazer fortuna, ao menos entre os que vivem no território norte-americano.

Publicado por

Danielly Oliveira

16 de março de 2023 12:51

Nos Estados Unidos, os membros da Geração Z são mais propensos do que outras gerações a gastar dinheiro para viver confortavelmente, de acordo com uma pesquisa do Bank of America Corp. O mesmo estudo mostra que 3 em cada 4 jovens norte-americanos preferem ter uma qualidade de vida melhor do que economizar e guardar dinheiro no banco. De acordo com a empresa de finanças Intuit, gastar com experiência é prioridade para esse grupo.

Enquanto depender do cartão de crédito costuma ser um indicador de estresse financeiro para os mais velhos, os jovens estão vendo a ferramenta como uma forma de acumular pontos e recompensas. Uma prova disso é a quantidade de influenciadores digitais compartilhando conselhos sobre milhas, gastos e investimentos nas redes sociais.

Os gastos do grupo mais jovem foram impulsionados por dois fatores: inflação alta e um mercado de trabalho apertado que impulsionou um forte crescimento salarial, especialmente nos níveis de entrada. Além disso, o aumento na economia devido à inatividade forçada no auge da pandemia também ajudou. Para se ter uma ideia, os salário desses jovens têm subido 2 vezes mais rápido do que dos demais adultos e mesmo assim o grupo prefere gastar do que guardar dinheiro.

Os preços altos de alimentos, aluguel e outras necessidades também ajudam a explicar seus hábitos de consumo — os jovens pagam mais por quase tudo.

A pesquisa do Bank of America Institute também mostrou que a relação do dinheiro não é igual para todos da Geração Z. Jovens negros americanos têm maior probabilidade de se endividarem e apenas cerca de 40% das mulheres têm poupanças de emergência suficientes para durar três meses.