Inteligência artificial está ajudando médicos a escolher melhores embriões para fertilização in vitro

A inteligência artificial já está sendo utilizada no campo da saúde para detectar câncer, identificar cáries, responder perguntas médicas, entre outras funções. A novidade é que a IA também pode ajudar médicos de fertilidade a selecionar o embrião ideal para fertilização in vitro.

Com uma em cada cinco mulheres casadas adultas nos Estados Unidos incapazes de engravidar após um ano de tentativas, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), muitas recorrem à fertilização in vitro para obter ajuda. O tratamento de fertilidade é responsável por entre 1% e 2% de todos os nascimentos no país.

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O processo, no entanto, não é garantido – e é caro, com média de mais de US$ 12 mil por sessão, de acordo com a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva. E a maioria das mulheres requer mais de uma tentativa. AIVF, uma empresa de tecnologia reprodutiva com sede em Tel Aviv, Israel, visa melhorar as chances. Seu software de avaliação de embriões com inteligência artificial, chamado EMA, foi projetado para processar grandes quantidades de dados – além do que o olho humano pode detectar – para simplificar o processo de seleção de embriões.

“A fertilização in vitro é um dos desenvolvimentos médicos mais importantes dos últimos 50 anos, mas não é bom o suficiente. As taxas de sucesso são de cerca de 23% a 25% em todas as faixas etárias, o que significa que apenas uma em cada cinco resulta em gravidez”, diz Daniella Gilboa, embriologista cofundadora e CEO da AIVF, à Fox News. Ela acrescenta que a procura por clínicas de fertilização in vitro está crescendo, mas que a oferta é limitada: “Nos EUA, apenas 20% das necessidades são atendidas, o que significa que 80% dessas mulheres estão desistindo do sonho de ter um filho”.

Um dos pontos de decisão mais cruciais durante o processo de fertilização in vitro é a seleção do embrião. Tradicionalmente, os médicos têm a tarefa de fazer essa escolha por conta própria. “Imagine se você é um embriologista, olhando para vários embriões em um ambiente de laboratório agitado, e você tem que decidir qual deles tem o melhor potencial para se tornar um bebê. Você pode ter 8, 10 ou 12 embriões que parecem todos iguais – e você tem que tomar essa decisão crucial, às vezes sozinho. É basicamente você e os embriões sob o microscópio”, diz.

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Com o software EMA da AIVF, um modelo de IA ajuda o clínico avaliando embriões e aplicando seu algoritmo avançado para determinar os melhores candidatos para uma gravidez bem-sucedida. “A IA foi treinada para detectar características embrionárias que se correlacionam com diferentes resultados – como anormalidades genéticas, implantação ou gênero – que não podem ser vistas com o olho humano”, disse Gilboa. Cada embrião recebe uma pontuação numérica. O clínico, então, pode tomar a decisão final.

Sem IA, disse Gilboa, os médicos teriam que confiar na aparência do embrião para determinar sua qualidade – “mas isso é baseado na análise humana subjetiva que realmente não quantifica as chances reais de engravidar”, acrescentou ela. “A IA permite que o médico reduza as incertezas e produza informações claras e precisas”. A inteligência artificial também é muito mais rápida, avaliando embriões em uma fração do tempo que leva um ser humano – o que significa que as clínicas podem atender mais pacientes.

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