Quão comuns são as expedições em alto-mar como a de Titan, submersível que desapareceu quando visitava destroços do Titanic? E para onde mais vão essas embarcações? Entenda o que é e como funciona o chamado turismo submersível.
Ver os destroços do Titanic em primeira mão é uma jornada. É preciso embarcar em um submarino do tamanho de uma minivan construída para suportar a pressão de descer mais de 3km no Oceano Atlântico. Demora cerca de duas horas para chegar ao navio afundado e outras duas para voltar à superfície.
Mesmo custando 250 mil dólares, não faltam pessoas interessadas em tal aventura. O turismo submersível atrai os viajantes mais ricos e aventureiros do mundo. “Essas pessoas escalaram os sete picos, cruzaram o Atlântico em seu próprio barco. As férias típicas na Riviera Italiana ou St. Barths realmente não servem para eles”, diz Roman Chiporukha, co-fundador da Roman & Erica, uma empresa de viagens para clientes ultra-ricos com taxas anuais a partir de 100 mil dólares.
Essa descrição se encaixa no magnata Hamish Harding, uma das cinco pessoas que está no Titan desaparecido. Um ávido aventureiro que explorou o Pólo Sul e a Fossa das Marianas, Harding também esteve no quinto voo espacial da Blue Origin, empresa espacial privada fundada por Jeff Bezos.
Harding e Titan representam o extremo da indústria do turismo submersível, que vem crescendo em popularidade desde a década de 1980. Ofer Ketter, um antigo piloto de submersíveis e cofundador da SubMerge, uma empresa que fornece consultoria e operações de submersíveis privados, diz que essas viagens em alto-mar são raras em comparação com aquelas em locais mais tropicais. Por exemplo, a operadora de turismo de luxo Kensington Tours oferece uma viagem de iate de 700 mil dólares, de 10 dias, que inclui um mergulho de mais de 600 pés em um submersível nas Bahamas para explorar o fundo do oceano Exumas.
@curtonews É tão comum assim essas expedições em alto-mar para ver destroços de embarcações? E para onde mais vão esses submarinos? Saiba mais sobre o chamado ‘turismo submersível’.
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Geralmente, os “submarinos turísticos” podem acomodar de 20 a 60 pessoas a bordo, e descem não mais do que 45 metros (aproximadamente o comprimento de duas quadras de tênis). Esses passeios tendem a durar de duas a três horas em média, cobrindo locais de mergulho como aviões da Segunda Guerra Mundial e naufrágios, ou para ver a vida marinha.
No entanto, os clientes interessados no lado extremo do turismo submersível, como uma visita ao Titanic, não se veem como turistas, mas como exploradores modernos. Essas viagens são oportunidades para enfrentar seus limites em prol do crescimento pessoal ou “estar engajado em iniciativas que levam a humanidade adiante ou que a ajudam a entender melhor o passado”, explica Philippe Brown, fundador da empresa de viagens de luxo Brown and Hudson.
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