Nos últimos dias, tivemos as semanas de moda mais importantes do mundo. Um alerta se acendeu: a magreza excessiva, que é uma questão que vai além do mundo fashion. De outro lado, temos uma agência italiana chamada 'L'Imperfetta', ou 'Imperfeita' na tradução, que busca abrir portas para quem foge dos padrões impostos pela passarela. Fique por dentro dos dois mundos.
Os padrões de beleza impostos pela sociedade muitas vezes fecham portas para muitas oportunidades. Todo mundo brilha. De um projeto no Instagram, para uma agência de modelos, assim nasceu a italiana L’Imperfetta.
O projeto fundou a agência de modelos que tem um casting recheado com mais de 140 modelos. Por lá, ninguém é estereotipado: mulheres reais, pessoas das mais diversas idades, tamanhos e com deficiências, mas também com outras condições médicas como vitiligo, ou sem algum membro.
Se por um lado, temos uma agência inclusiva e que respeita todos os tipos de corpos, de outro, temos as principais semanas de moda do mundo, que rolaram nas últimas semanas em Nova York, Milão, Londres e Paris. A magreza extrema nas passarelas acendeu um alerta: o comeback dos anos 90, aquele velho ‘a volta dos que não foram’.
Nos anos 1990, o mundo passou por uma grande virada de chave ligado aos corpos, e ser magra era demais. Isso criou uma epidemia de transtornos alimentares – na maioria dos casos, em adolescentes. O corpo ideal, e magro, ficou facilmente ligado à bulimia e anorexia. As cobranças eram gigantescas, e era preciso ser magro para ser belo e fashion.
No mês passado, a diretora de moda do The New York Times, Vanessa Friedman, publicou um tweet quando estava em um desfile: “Até eu me distraio com a extrema magreza de muitas das modelos do desfile de Jason Wu”.
Isso gerou uma enxurrada de comentários, e ela decidiu esclarecer mais tarde.
No outro tweet, Friedman pontuou: “Já passei por muitos distúrbios alimentares em minha vida, assim como muitas pessoas naturalmente magras, e a diferença entre os dois não é difícil de reconhecer. Posso dizer que pelo menos duas das modelos se enquadram nessa categoria. O objetivo não era envergonhar as modelos, mas chamar a atenção para o assunto. Eu realmente acredito que é hora de a moda refletir toda a população que usa roupas, em raça, gênero, tamanho e idade.”
Por mais inclusiva e respeitosa que as agências de modelos possam estar, as passarelas ainda ditam tendências. Nas últimas, ficou escancarado o quanto esse nicho também é uma questão de saúde.
@curtonews Nos últimos dias, tivemos as semanas de moda mais importantes do mundo. Um alerta se acendeu: a magreza excessiva.
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