Nas últimas semanas, um homem viralizou nas redes sociais ao compartilhar o seu crescimento de 165 cm de altura para 182 cm após fazer cirurgias que quebram os ossos da perna. Isso mesmo, a ideia é "obrigar" o osso a preencher o espaço vazio entre as duas partes enquanto cicatriza. Mas quais são os riscos da cirurgia? E por que ela está cada vez mais sendo procurada para fins estéticos?
O homem, que se apresenta ao público como Mr. Broken Bonez (Senhor Ossos Quebrados, em tradução livre), cresceu 17 centímetros graças a um processo demorado e doloroso que pode custar, em alguns casos, quase R$ 1 milhão.
No TikTok e no Instagram, Bonez contou que atingiu 174,5 cm depois de operar o fêmur. Em seguida, fez o procedimento na tíbia para chegar aos 182 cm. Mas não basta somente operar e esperar o osso crescer. O influenciador mostra que precisou de sessões diárias de fisioterapia e exercícios de força para o corpo se adaptar às mudanças.
O médico ortopedista Gabriel Couto explica que a cirurgia de aumento de altura é invasiva e consiste em quebrar o osso do fêmur ou tíbia — às vezes os dois — para ganhar alguns centímetros.
“Normalmente, se coloca um fixador externo, popularmente conhecido como gaiola, que será diariamente distanciada para que osso seja alongado”.
A gaiola é lentamente alongada em até um milímetro por dia, estendendo-se até que o paciente atinja a altura desejada e seus ossos sejam deixados para cicatrizar novamente. O processo pode durar até seis meses.
Pessoas com alguma deformidade óssea, como ter uma perna maior do que a outra, podem se beneficiar da cirurgia. Porém, a operação vem ganhando fins estéticos, o que levanta polêmicas e preocupações.
Embora hajam técnicas e tecnologia aprimoradas para reduzir os riscos, a cirurgia de aumento de altura continua extremamente complexa. Além dos ossos precisarem crescer, também é necessários desenvolver mais músculos, nervos e vasos sanguíneos.
Ao optar por fazer o procedimento é importante entender que se trata de uma cirurgia complexa, cara, de alto risco e com um longo processo de recuperação.
“O paciente fica exposto para esse procedimento por um longo tempo, cerca de quatro a cinco meses, fazendo essa mobilidade do fixador para ganhar comprimento”, explica Couto.
Ele diz que uma das principais complicações é a infecção que, se não for combatida com o uso de antibióticos, pode se disseminar e atinge regiões e estruturas nobres. Em casos mais graves, o quadro pode evoluir para uma infecção generalizada que pode levar a morte.
“Além disso, o paciente pode ter lesões musculares, dores crônicas, pseudo artroses (quando o osso não cola) e desvios rotacionais do osso.
@curtonews Nas últimas semanas, um homem viralizou nas redes sociais ao compartilhar o seu crescimento de 165 cm de altura para 182 cm após fazer cirurgias que quebram os ossos da perna. Mas quais são os riscos desse procedimento?
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Fora do Brasil, clínicas confirmam que as cirurgias para aumentar a altura têm sido cada vez mais procuradas por homens. Eles se rendem ao procedimento para tentarem melhorar a autoconfiança e comentam que, geralmente, mulheres não namoram homens mais baixos do que elas.
Por trás desse desejo está também a pressão social, que influencia na decisão deles. Dados da revista Forbes sugerem que a altura média das 500 pessoas mais ricas do planeta é de 182 cm. Ou seja, a estética de ser mais alto prevalece sobre o bem-estar físico e mental que pode ser comprometido com o procedimento.
Segundo o médico Gabriel Couto, os homens são os que mais procuram o procedimento por uma questão estética. “Ainda existe a ideia de que o homem tem que vender aquela imagem de que ser alto é atraente e de ter mais imposição”.
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Este post foi modificado pela última vez em 1 de junho de 2023 13:28
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