Danuza Leão, polêmica e irreverente

Primeira de muitas a levantar o debate feminista, Danuza Leão morreu na noite de ontem. É impossível dissociar a trajetória da escritora e jornalista da luta por direitos igualitários às mulheres. O que não a impediu de entrar em polêmica com as próprias feministas e até mesmo ser vista como conservadora nos últimos anos por opiniões controversas, que incendiaram as redes sociais.

Ela contribuiu, em artigos publicados nos jornais O Globo, Folha e Jornal do Brasil para a ampliação dos temas de gênero de maneira irreverente e provocadora. Honrando também a memória da irmã, a cantora Nara Leão, tão representativa para as mulheres brasileiras. Fez de todos os assuntos seu interesse e foi inclusive penalizada quando expôs sua opinião sobre a PEC das Domésticas, em 2013.

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Frasista, descreveu o ofício como ninguém: “Jornalistas são divertidos. Chegam tarde em casa, têm certas vantagens do poder, mas não se deslumbram, e sabem de tudo antes dos outros.”

Nas redes, amigos lamentaram a perda. Danuza morreu vítima de enfisema pulmonar, aos 88 anos, no Rio de Janeiro.

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Curto Curadoria

Vale ler na Folha, o escritor e cronista Ruy Castro elucida a importância de Danuza na esfera social do país.  

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Aula de jornalismo e linguagem, foi a primeira repórter a escrever os famosos perfis publicados pela piauí. O texto de estreia foi sobre o costureiro Guilherme Guimarães.

Para assistir Danuza em sua forma ‘mais Danuza’, o jornalista e produtor cultural Márcio Debellian relembra um papo que teve com a best-seller e vencedora do Prêmio Jabuti. Onde? Em um sofá, no meio da rua.

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