Créditos da imagem: AFP

Gelo marinho na Antártida atinge mínimos históricos

O gelo marinho da Antártida diminuiu na semana passada à sua menor extensão em 45 anos de registros por satélites, afirmaram cientistas americanos nesta segunda-feira (27). O degelo marinho é problemático, porque ajuda a acelerar o aquecimento global. 😖

O Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve (NSIDC, sigla em inglês), da Universidade de Colorado em Boulder, informou que o gelo marinho antártico diminuiu para 1,79 milhão de km² em 21 de fevereiro. Esta área superou em 136.000 km² o mínimo histórico anterior, registrado em 2022.

PUBLICIDADE

Cientistas do NSIDC destacaram que este último dado é preliminar, pois ainda pode ocorrer um novo degelo no fim da estação, e disseram que irão publicar um número definitivo sobre a extensão do gelo na Antártida no começo de março.

O degelo marinho expõe as plataformas de gelo mais espessas, que sustentam a cobertura gelada do solo antártico, a ondas e temperaturas mais altas, embora não tenha impacto perceptível no nível do mar, porque o gelo já está no oceano.

No entanto, a plataforma de gelo, uma geleira espessa de água doce que recobre a Antártida, é objeto de atenção especial de parte dos cientistas, pois contém água suficiente para provocar, se derreter, um aumento catastrófico do nível dos oceanos. 😖

PUBLICIDADE

“A resposta da Antártida às mudanças climáticas tem sido diferente da do Ártico”, afirmou Ted Scambos, pesquisador do Instituto Cooperativo para o Estudo em Ciências Ambientais (Cires). “A tendência à diminuição do gelo marinho pode ser um sinal de que o aquecimento global está, finalmente, afetando o gelo flutuante no entorno da Antártida, mas será preciso esperar vários anos para termos certeza disso”, acrescentou.

O ciclo antártico sofre grandes variações anuais durante seus verões de degelo e invernos de congelamento, e o continente não experimentou o rápido degelo das quatro últimas décadas registrado nas plataformas de gelo da Groenlândia e do Ártico devido ao aquecimento global. Mas a alta taxa de degelo desde 2016 gera temores de que esteja se consolidando uma tendência de declínio importante.

O degelo marinho é problemático, porque ajuda a acelerar o aquecimento global. Quando o gelo marinho branco – que reflete de volta para o espaço até 90% da energia solar – é substituído por um mar escuro e descongelado, a água absorve, ao contrário, um percentual similar de calor do sol.

PUBLICIDADE

🔥 Globalmente, o ano passado foi um dos mais quentes da História, apesar do resfriamento provocado por um padrão meteorológico natural do fenômeno climático La Niña.

(com AFP)

Leia também:

Rolar para cima