“Não é um conflito de interesses. É nosso interesse comum ter uma indústria energética trabalhando junto com o restante nas soluções de que o mundo precisa“, afirmou ele na conferência India Energy Week, em Bangalore.
PUBLICIDADE
“A transição energética vai exigir que cada segmento da sociedade trabalhe, em conjunto, em um esforço inclusivo, e isso significa, claro, incluir os esforços da indústria energética”, acrescentou.
Al-Jaber disse ainda que a transição energética pode trazer “o maior salto na prosperidade econômica desde a primeira Revolução Industrial”, insistindo em que “o mundo ainda precisa dos hidrocarbonetos e precisará deles como ponte entre o atual sistema energético e o novo”.
“Não podemos desconectar o atual sistema energético antes de ter construído o novo. Por isso, temos que minimizar sua pegada de carbono (e) investir apenas nos barris menos intensivos em carbono”, defendeu.
PUBLICIDADE
Al-Jaber prometeu usar sua experiência e suas conexões para “reunir toda a indústria energética para acelerar as coisas”.
Ativistas do clima criticaram a decisão de se organizar a COP28 nos Emirados Árabes Unidos, um grande produtor de petróleo, assim como a escolha de Al-Jaber como presidente da cúpula.
A monarquia do Golfo, que sediará a reunião em Dubai em novembro e dezembro, alega que o petróleo ainda é indispensável para a economia global.
PUBLICIDADE
Organizada em novembro passado no Egito, a COP27 foi concluída com um criticado texto que incluía ajuda aos países de baixa renda afetados pela mudança climática, mas sem adotar novas metas de redução das emissões de gases de efeito estufa.
“Temos que eliminar a pobreza energética, enquanto mantemos vivo o 1,5°C”, disse Al-Jaber, referindo-se à meta de manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. “E temos que passar de falar sobre metas a fazer o trabalho”, acrescentou.
(com AFP)
Leia também:
Receba notícias e newsletters do Curto News pelo Telegram e WhatsApp.
PUBLICIDADE