mudança climática
Créditos da imagem: Unsplash

Mudança climática ‘viralizou’ pela primeira vez há 70 anos

É difícil para qualquer pessoa com menos de 40 anos se lembrar de uma época em que o acúmulo de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera ou os termos "efeito estufa", "aquecimento global", "mudança climática" e agora "crise climática", não estiveram no noticiário. Mas a informação sobre o perigo do acúmulo de CO2 na atmosfera viajou pela primeira vez ao redor do mundo há exatos 70 anos - completados neste mês.

Nós crescemos acostumados às fotos de incêndios florestais e animais cremados, às camadas de gelo se desfazendo no oceano, às promessas dos líderes mundiais de que atenderão ao aviso de “última chance” dos cientistas.

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caminho em terra reaparece com descongelamento de geleira na Suíça
Degelo nas geleiras suíças – Reprodução/AFP

Mas foi no início de maio de 1953, em uma reunião da União Geofísica Americana, que o físico canadense Gilbert Plass disse aos demais cientistas reunidos que havia problemas:

O grande aumento da atividade industrial durante o presente século está descarregando tanto dióxido de carbono na atmosfera que a temperatura média está subindo a uma taxa de 1,5 grau por século.

O aviso de Plass “viralizou” e apareceu em jornais e revistas de todo o mundo, como na Newsweek em 18 de maio e na Time em 25 de maio.

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O fato de o mundo estar aquecendo já era incontroverso entre os cientistas. Mas a conexão enfática do aquecimento global com o dióxido de carbono (CO2), feita por Plass, era digna de nota.

Plass continuou trabalhando na questão, com publicações até o final da década de 1950. Em 1956, ele publicou um artigo acadêmico sobre “ a teoria do dióxido de carbono da mudança climática ” na revista científica sueca Tellus, e também um artigo popular no American Scientist. Além de estar presente nas primeiras grandes reuniões para discutir o acúmulo de CO2 na atmosfera.

Quando Plass levantou pela primeira vez a questão, a concentração atmosférica de CO2 estava em cerca de 310 partes por milhão. Hoje, são 423 ou mais. Todos os anos, à medida que queimamos mais petróleo, carvão e gás, a concentração aumenta e mais calor é retido.

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Quando o aviso de Plass tiver 100 anos, as concentrações serão muito maiores. Há uma chance muito boa de termos ultrapassado o nível de aquecimento de 2°C que costumava ser considerado “seguro”.

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