Créditos da imagem: AFP

Juiz proíbe Rubiales de se aproximar de Hermoso; crise no futebol espanhol se agrava

A crise que agita o futebol espanhol se agravou nesta sexta-feira (15), quando quase todas as jogadoras campeãs do mundo exigiram mais mudanças na Federação de Futebol Espanhola (RFEF) para retornarem à seleção, enquanto um juiz proibiu Luis Rubiales de se aproximar da atacante Jenni Hermoso durante a investigação do caso do beijo forçado na Copa do Mundo.

“As mudanças que aconteceram não são suficientes para que as jogadores se sintam em um lugar seguro, onde mulheres são respeitadas, que aposte no futebol feminino e onde possamos dar o nosso máximo”, diz a nota assinada por 21 das 23 jogadoras que estiveram no Mundial em agosto, divulgada as redes sociais pela ganhadora de duas Bolas de Ouro Alexia Putellas.

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“São necessárias mudanças contundentes nos cargos de liderança” da federação, ainda dirigida por pessoas da confiança de Rubiales, acrescenta o comunicado, que foi assinado por um total de 39 jogadoras na mesma hora em que a nova treinadora da seleção feminina, Montse Tomé, deveria anunciar a lista de convocadas para os jogos da Liga das Nações contra Suécia e Suíça.

Segundo fontes da federação, a lista não será mais divulgada nesta sexta-feira. Uma nova data não foi informada.

Para voltar a defender a seleção, as jogadoras pedem a saída do presidente interino, Pedro Rocha, e uma “reestruturação do organograma do futebol feminino” e do gabinete da presidência e da secretaria geral.

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O anúncio voltou a sacudir o futebol espanhol, após algumas vozes terem se mostrado otimistas nos últimos dias sobre o retorno das jogadoras da seleção, com a demissão na semana passada do técnico Jorge Vilda, cuja metodologia tinha sido criticada pelas atletas, e a esperada renúncia de Rubiales, anunciada no último domingo.

Rubiales se apresenta à Justiça

O agora ex-presidente da RFEF foi interrogado nesta sexta-feira como investigado no processo aberto por um suposto crime de “agressão sexual”, derivado do beijo forçado que deu na jogadora Jenni Hermoso em 20 de agosto, durante a entrega de medalhas da Copa do Mundo feminina, que gerou uma onda de indignação.

Após seu depoimento, realizado a portas fechadas, o juiz Francisco de Jorge impôs como medida cautelar que Rubiales não pode se aproximar a menos de 200 metros de Hermoso, que joga no Pachuca do México, nem entrar em contato com ela durante a investigação.

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Segundo fontes próximas do Ministério Público espanhol, o dirigente voltou a negar a falta de consentimento no beijo.

Em uma entrevista a uma emissora de televisão britânica, Rubiales já tinha afirmado que se tratou de “um ato mútuo”.

“Não foi intencional. Não tinha conotação sexual de nenhum tipo, foi só um momento de felicidade, a grande alegria do momento”, afirmou. “Minhas intenções eram nobres, 100% não sexuais”.

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Tal versão não bate com o que diz Hermoso, que apresentou uma denúncia na semana passada e havia indicado que se sentiu “vulnerável e vítima de uma agressão” quando recebeu o beijo, que para ela foi “um ato impulsivo, machista, fora de contexto e sem nenhum tipo de consentimento”.

A advogada da jogadora, Carla Vall, repetiu nesta sexta-feira que “foi um beijo não consentido” e ressaltou que, “graças a esse vídeo, todo o mundo, todo o país, pôde observar como não existiu nenhum tipo de consentimento”.

Fase inicial

Após o fim da investigação, que está apenas começando, o juiz à frente do caso deverá decidir se Rubiales terá que ir a julgamento. Por se tratar de uma investigação que ainda está em fase inicial, não é esperada nenhuma decisão a curto prazo.

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Desde uma recente reforma no Código Penal espanhol, um beijo não consentido pode ser considerado agressão sexual, uma categoria penal que agrupa todos os tipos de violência sexual.

As penas por um beijo forçado podem ir desde uma multa até quatro anos de prisão, de acordo com fontes do Ministério Público, que também contempla um suposto crime de coação.

Em seu depoimento, Hermoso afirmou que “tanto ela como seu entorno mais próximo sofreram uma pressão constante e reiterada por parte de Luis Rubiales e seu entorno profissional para justificar e aprovar os fatos”, de acordo com a queixa apresentada pelo Ministério público.

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