Hadi Matar, que supostamente esfaqueou Salman Rushdie em Nova York na semana passada admitiu que não achava que o autor sobreviveria ao ataque.
O homem acusado de esfaquear Salman Rushdie em Nova York, na semana passada, disse ter lido apenas “umas duas páginas” do polêmico livro Versos Satânicos, do autor atacado. Ele elogiou o aiatolá Khomeini do Irã em uma entrevista exclusiva ao jornal New York Post (*), nesta quarta-feira (17) – e admitiu que não achava que o autor sobreviveria ao ataque.
“Quando soube que ele sobreviveu, fiquei surpreso, acho”, disse Matar, em uma entrevista em vídeo da cadeia do estado de Nova Jersey.
“Eu li algumas páginas. Eu não li a coisa toda de capa a capa”, disse Matar.
O suposto agressor, que se declarou inocente das acusações de tentativa de homicídio, não contou se se inspirou no decreto religioso de 1989, ou fatwa, emitido pelo ex-líder supremo iraniano, aiatolá Ruhollah Khomeini, que ordenava aos muçulmanos matar o escritor pelo que considerava a natureza blasfematória de seu livro “Versos Satânicos”.
“Respeito o aiatolá. Penso que é uma grande pessoa. Isso é tudo o que direi sobre isto”, afirmou Matar, a quem, segundo o New York Post, seu advogado aconselhou a não falar sobre o tema.
(com AFP)
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