Se você escrolar as redes sociais, vai ver uma série de posts sobre o Ano Novo Lunar🌙. Para boa parte do mundo, especialmente no Leste e Sudeste da Ásia, 2023 chega agora, ou melhor, o ano de 4721! A virada ocorre neste domingo (22), e as comemorações podem se estender por várias semanas: há banquetes de família, festas públicas com muitos fogos de artifícios e dragões que dançam pelas ruas ao som de músicas tradicionais de cada cultura (chinesa, vietnamita, indiana, coreana...). Vem que o Curto Explica. 🐉
O fim de um ano é a passagem de 12 ciclos completos da Lua. Então, o que marca o início de um novo ano é primeira Lua Nova após o solstício de inverno (geralmente, entre os dias 20 de janeiro e 18 de fevereiro).
Como a maior população do mundo é a chinesa, o Ano Novo Lunar também é chamado de Ano Novo Chinês, mas é comemorado de diferentes formas, em várias culturas distintas.
Na China, por exemplo, 2023 (ou 4721) é o ano do Coelho, mas no Vietnã é o ano do Gato.
Além da China, Vietnã, Coreia do Sul, Filipinas e Japão, a data é comemorada em países que adotam o calendário lunar, como Singapura, Malásia e partes da Índia.
O feriado é conhecido também como Festival da Primavera, mas a data é celebrada até em países ocidentais, de acordo com a publicação norte-americana Farmer’s Almanac.
Na China é a maior festividade do ano, com duas semanas de festas e muita viagem: tem gente que segue por horas para passar o período com os familiares ou nas festas mais tradicionais em Pequim, por exemplo.
Mas em outros países, como é o caso de Singapura, há apenas dois dias de feriado, mas ainda muitas celebrações.
O Ano Novo Lunar é determinado pelo calendário lunissolar, que seguindo a maior parte dos historiadores teria ao menos 2.500 anos.
“A origem do calendário, foram as pessoas enquadrando sua vida agrícola em torno das fases da lua. O ciclo lunar crescente e minguante orientava os agricultores quando trabalhar e descansar”, explica o professor o professor Robert André LaFleur, presidente do centro de Estudos Asiáticos e História na Beloit College, no Estado americano de Wisconsin, em entrevista para a BBC.
O zodíaco chinês é composto por animais em um ciclo que se repete a cada doze anos. Como e por que não se sabe ao certo. Mas cada ano é representado por um animal.
De acordo com o calendário do zodíaco publicado pela revista China Today, o coelho é o animal de 2023. (National Geografic)
Mas, no Vietnã, por exemplo, essa linha de animais é diferente da chinesa, portanto o ano de 2023 será do gato e não do coelho.
Segundo reportagem da BBC, existe um conto folclórico sobre uma disputa de animais numa corrida, que determinaria a ordem deles zodíaco: “O rato usa truques e vem primeiro pulando nas costas do boi, depois saltando à frente no último momento.”
Portanto, para os chineses a ordem é: rato, boi, tigre, coelho, dragão, cobra, cavalo, ovelha, macaco, galo, cachorro e porco.
Já a versão vietnamita traz: rato, búfalo, tigre, gato, dragão, cobra, cavalo, ovelha, macaco, galo, cachorro e porco.
Sim, é bem comum ver dragões de papel em cima de pessoas pelas ruas de vários países asiáticos ou imensos dragões articulados que se parecem com os carros alegóricos do carnaval brasileiro.
O dragão é um símbolo chinês de poder e boa fortuna, portanto a presença desse animal mitológico é constante nas festividades do Ano Novo Lunar.
Há também a tradicional dança do dragão, em que um longo boneco é carregado por uma fila de pessoas, em um desfile popular bastante concorrido.
Para muitos asiáticos, 2023, ou o ano 4.721 é o primeiro ano – após o início da pandemia – em que haverá reunião familiar e viagens. Porque a covid, combatida mais duramente na China, retardou os planos de reuniões de família e sonhos de férias.
Milhões de chineses viajaram para suas cidades natais desde a quinta-feira (19) para celebrar o feriado prolongado. Estações de trens e aeroportos ficaram lotadas, o que preocupa em relação a um novo pico da covid no país.
A previsão do governo é de mais de dois bilhões de viagens em um período de 40 dias, entre janeiro e fevereiro na China, em um dos maiores deslocamentos em massa de pessoas do mundo.
A chegada às áreas rurais de dezenas de milhões de habitantes, onde o coronavírus se espalhou amplamente, pode levar a um aumento do número de casos de covid-19 nessas localidades, com poucas infraestruturas de saúde. (AFP)
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