“A polícia moral não tem nada a ver com o Poder Judiciário” e foi suprimida, anunciou o procurador-geral do Irã, Mohammad Jafar Montazeri.
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A polícia da moralidade, conhecida como Gasht-e Ershad [patrulhas de orientação], foi criada sob o regime do presidente ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad [no poder de 2005 a 2013] para “espalhar a cultura da decência e do hijab”, o véu muçulmano feminino.
Luta por Mahsa Amini
A República Islâmica está mergulhada em uma onda de protestos desde a morte de Mahsa Amini em setembro. A jovem curdo-iraniana havia sido detida pela polícia moral. Autoridades afirmam que a morte foi causada por problemas de saúde, mas a família afirma que Amini morreu após ser espancada.
Desde então, as mulheres lideram os protestos, nos quais gritam palavras de ordem contra o governo, tiram e queimam seus véus.
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De acordo com o último balanço divulgado pelo general iraniano Amirali Hajizadeh, da Guarda Revolucionária, mais de 300 pessoas morreram nas manifestações. Segundo ONGs, porém, esse número seria mais do que o dobro.
O uso do véu se tornou obrigatório no Irã em 1983, quatro anos depois da Revolução Islâmica de 1979. A lei estabelece que tanto as mulheres iranianas quanto as estrangeiras, independentemente de sua religião, devem usar véu cobrindo o cabelo e usar roupas largas em público.
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(Com AFP)