Com dois anos de atraso, o Censo de 2022 está em andamento. Os pesquisadores fazem entrevistas presenciais e virtuais. Outra novidade desta ano: pela primeira vez o IBGE incluiu uma pergunta sobre autismo.
Este será o primeiro Censo Demográfico brasileiro a abordar o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) quer saber quantos brasileiros têm essa característica, projetar melhor os dados de forma atualizada e comparar com a estatística de outros países.
O Estado brasileiro, atualmente, não tem informações sobre quantos são os autistas no país e de que forma estão distribuídos, o que dificulta a elaboração de políticas públicas e deixa essa camada da população e suas famílias desamparadas.
Os dados dos brasileiros começaram a ser coletados no dia 1° de agosto. 👇
Censo 2022: para que serve a pesquisa e como identificar os funcionários do IBGE?
Assim como em 2010, pessoas com deficiência estão sendo contempladas no questionário deste ano. No Censo anterior, o IBGE contabilizou 45,6 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, o que equivalia na época 23,9% da população. Mas esse número já foi contestado diversas vezes por entidades e organizações da sociedade civil.
O blog “Vencer Limites”, do jornalista Alexandre Ventura, explica que o IBGE só considera pessoa com deficiência quem tem muita dificuldade ou não consegue de modo algum enxergar, ouvir, se locomover, movimentar membros superiores, se comunicar, ter cuidados pessoais, trabalhar ou estudar.
O IBGE considera que pessoas indígenas e quilombolas são quem se identificam dessa forma. Assim, a primeira pergunta realizada é “você se considera indígena?” ou “você se considera quilombola?”. Após a pergunta ainda é questionada o nome da comunidade em que vivem.
Este ano mais uma mudança acontece no Censo: o questionário de abordagem em agrupamento indígena. Ele trará identificação de dados de infraestrutura, educação e hábitos relativos àquela comunidade.
Foi um desafio para o IBGE mapear os agrupamentos. Eles seguirão como setor censitário para os indígenas, agrupamentos domiciliares determinados por eles e as terras determinadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Para os quilombolas, foram consideradas as áreas determinadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O Censo também considera favelas, comunidades e palafitas. Esse é o conceito de aglomerado subnormal e este ano eles a forma de identificação foi aprimorada com satélites de alta qualidade, contato com a prefeitura e trabalho de campo. Para serem identificados tem que ser, necessariamente, uma ocupação irregular.
A pesquisa deste ano também mostrará precariedade dos serviços públicos como abastecimento e tratamento de água, coleta de lixo, fornecimento de energia elétrica e esgotamento sanitário.
Fonte: Agência Brasil
Foto de destaque: Reprodução / Moacir Ximenes
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