Este país do sudeste asiático debate há décadas uma reforma do seu Código Penal, que remonta aos seus tempos de colônia holandesa.
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Um ano de prisão
Alguns artigos mais controversos da nova legislação criminalizam o sexo antes e fora do casamento, bem como a convivência entre casais não casados.
Há temores sobre como essas novas regras podem impactar a comunidade LGBTQIA+ na Indonésia, onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é permitido.
O artigo também foi criticado por organizações empresariais, que temem que isso afete o turismo. As autoridades insistem que os estrangeiros que viajam para Bali não estarão sujeitos a esta regra.
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Segundo o texto a que a AFP teve acesso, o sexo extraconjugal será punido com um ano de prisão. Casais solteiros que vivem juntos, por sua vez, enfrentarão seis meses de prisão.
Alcance limitado
Também observou que atos de sexo pré e extraconjugal só poderiam ser denunciados pelo cônjuge, pelos pais ou pelos filhos, o que limita o alcance da revisão.
Para grupos de direitos humanos, esta legislação representa um controle da moralidade e uma guinada para o fundamentalismo em um país muito elogiado por sua tolerância religiosa, cuja Constituição defende o laicismo.
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Aquele que disseminar ideologias contrárias à oficial também será punido com até quatro anos de prisão.
Em outra reforma aprovada nesta terça-feira (6), a pena de morte – normalmente imposta na Indonésia para crimes relacionados a drogas – será combinada com um período probatório de 10 anos, após o qual pode ser comutado para prisão perpétua se o condenado apresentar comportamento exemplar .
Centenas de pessoas protestaram contra a lei e exibiram uma faixa amarela com o slogan: “Rejeitem a aprovação da revisão do Código Penal”.
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(com AFP)
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