Nas ruas de várias cidades do Peru, uma multidão exige a libertação do agora ex-presidente Pedro Castillo, assim como o fechamento do Parlamento e novas eleições já. Castillo está detido por ordem de um juiz, após sua fracassada tentativa de golpe na última quarta-feira (7) e posterior destituição por parte do Congresso. Ele foi substituído pela vice-presidente, Dina Boluarte.
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Na madrugada dessa segunda (12), Boluarte disse que tentará “alcançar um acordo com o Congresso” para antecipar as eleições gerais para abril de 2024. Anunciou, ainda, que declarava estado de emergência nas áreas do país que registram protestos violentos.
“Greve por tempo indeterminado”
Enquanto isso, sindicatos rurais e organizações representativas dos povos indígenas convocaram uma “greve por tempo indeterminado” a partir de terça-feira (13) em apoio a Castillo, que vem de uma família de camponeses.
Eles exigem a suspensão do Congresso, a realização de eleições antecipadas e uma nova Constituição, assim como a libertação imediata de Castillo, segundo um comunicado da Frente Agrária e Rural do Peru, que reúne cerca uma dúzia de organizações.
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Dopado?
Ao mesmo tempo, cresce a polêmica sobre a versão de um ex-chefe de gabinete e do advogado de Castillo de que o ex-presidente estava dopado ao ler a mensagem na qual anunciava sua tentativa fracassada de golpe.
Julgamento às pressas
Dominado pela direita, o Congresso peruano aprovou na madrugada desta segunda-feira (12) uma norma que permite acelerar um julgamento penal contra Castillo. Ele foi detido por sua própria equipe de segurança quando seguia para a embaixada do México para pedir asilo político. O Ministério Público o acusa de rebelião e conspiração. Ele já era investigado por corrupção.
(com AFP)
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