Depois de muita especulação, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira (26) os documentos judiciais que autorizaram um mandado de busca na propriedade do ex-presidente Donald Trump na Flórida. Trump subtraiu documentos confidenciais de Estado e tratou como se fossem recortes de jornais pessoais, o que é crime nos EUA.
Os agentes do FBI, em 8 de agosto, apreenderam caixas com documentos classificados como confidenciais levados por Trump quando ele deixou a presidência e que deveriam ter sido devolvidos ao governo, mesmo após diversos alertas.
O documento afirma que foram retiradas 15 caixas com registros confidenciais que Trump mantinha em sua mansão até janeiro deste ano. Eles estavam misturados com jornais, revistas, artigos de notícias, entre outros.
Os investigadores federais escreveram que havia “184 documentos únicos com marcações de classificação, incluindo 67 documentos marcados como confidencial, 92 documentos marcados como secreto e 25 documentos marcados como muito secreto”.
“A preocupação mais significativa foi que só registros altamente confidenciais foram desdobrados, misturados com outros registros e identificados de forma inadequada”, diz a autorização judicial.
O mandado para a operação na casa do ex-presidente cita três estatutos criminais, incluindo a Lei de Espionagem. Ela torna crime obter ou reter ilegalmente informações de segurança nacional.
Trump, que considera concorrer à presidência novamente em 2024, denunciou energicamente a operação do FBI.
“Esses bandidos políticos não tinham o direito, sob a Lei de Registros Presidenciais, de invadir Mar-a-Lago e roubar tudo à vista, incluindo passaportes e documentos privilegiados”, disse Trump nas redes sociais nesta sexta.
Acesse aqui o documento, em inglês, divulgado pelo Departamento de Justiça dos EUA.
(Com informações da AFP)
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