Varíola dos macacos: quais cuidados tomar com os pets?

O primeiro caso confirmado de animal de estimação infectado com o vírus ocorreu na França. A segunda ocorrência foi registrada aqui no Brasil, em Minas Gerais, e foi confirmada pelo Ministério da Saúde no final de agosto. Confira os cuidados que você deve ter com o seu pet.

Publicado por
Gabriela Gonçalves

Registros

Até o dia 12 de setembro, foram registrados mais de 58 mil casos da doença em humanos no mundo, sendo que mais de 6.000 deles estão no Brasil, segundo dados publicados pelo Ministério da Saúde.

São Paulo é o Estado com maior número de casos, seguido do Rio de Janeiro e Minas Gerais. No surto atual, a transmissão tem acontecido entre os humanos e, na maioria das vezes, após contato sexual.

No caso da contaminação do cachorro na França, a equipe de pesquisadores realizou o sequenciamento genético das amostras colhidas dos donos e do cão. E os resultados mostraram que os vírus eram idênticos, sem nenhuma mutação, o que praticamente confirma essa transmissão dos humanos para o animal.

O que fazer?

Segundo a médica Emy Akiyama Gouveia, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, esses casos só reforçam a mensagem de que a doença pode também atingir os pets, especialmente os mamíferos mais comuns, que é o caso de cães, gatos e pequenos roedores. E que os cuidados com esses animais de estimação devem ser os mesmos de como se houvesse uma outra pessoa doente em casa.

“Era só uma questão de tempo até termos a confirmação de casos em animais domésticos. Já se sabia dessa possibilidade de transmissão de monkeypox para os pets desde o início da epidemia, inclusive com alerta das vigilâncias epidemiológicas. A recomendação sempre foi de caso a pessoa confirmar o diagnóstico, tentar se isolar do seu pet para que ele não adquira o vírus”, afirmou Emy.

Cuidados

  • Higienização frequente das mãos do tutor com água e sabonete;
  • Não deixar o cachorro ou gato entrar em contato com a roupa de cama (não dormir junto);
  • Evitar que os pets tenham contato com as crostas que podem estar no ambiente;
  • Não abraçar, beijar ou receber lambidas do pet nesse período de isolamento;
  • Manter o ambiente sempre limpo;
  • Não mandar o animalzinho para tomar banho no petshop enquanto houver alguém doente em casa para evitar a transmissão do vírus para outros animais; e
  • Em caso de suspeita de contaminação do animal, avisar as autoridades de saúde e o médico veterinário para que os cuidados sejam tomados.

(Com Agência Einstein)

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Gabriela Gonçalves

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