As ações da Arm, o maior fornecedor mundial de elementos de design para chips usados em produtos que vão de smartphones a consoles de jogos, abriram com um aumento de 58% no Nasdaq, nos Estados Unidos, na quinta-feira (8).
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Em poucas horas, um frenesi de investidores impulsionou o preço das ações da Arm para mais de US$ 122, avaliando a empresa em cerca de US$ 120 bilhões.
Isso representa mais que o dobro dos US$ 51 por ação oferecidos quando a empresa, sediada em Cambridge, foi lançada em Nova York em setembro passado, ignorando o Reino Unido, por sua empresa-mãe, a SoftBank do Japão.
Rene Haas, CEO da Arm, afirmou na última quarta-feira (7) que a empresa estava se beneficiando da “oportunidade profunda” trazida pela demanda das empresas de tecnologia para lançar produtos e aplicativos fundamentados em inteligência artificial.
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A Arm, ainda controlada pela SoftBank, que detém 90% de suas ações, superou as expectativas dos analistas, relatando um aumento de 14% nas receitas, ano a ano, para US$ 824 milhões no último trimestre do ano.
A crescente demanda de empresas que desejam licenciar seus designs para executar inteligência artificial (IA), juntamente com a recuperação nas vendas de smartphones, levou a Arm a elevar suas projeções de receita e lucro para o ano inteiro.
O primeiro relatório trimestral da Arm, divulgado em novembro, foi muito menos bem recebido pelos investidores, pois a empresa revelou um pagamento de US$ 500 milhões em custos de remuneração após a listagem em Nova York, que exigiu que ela liquidasse as ações pendentes anteriormente concedidas aos funcionários.
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A decisão da SoftBank de listar nos EUA, apesar da intensa pressão do governo do Reino Unido, foi um golpe para as ambições de Rishi Sunak de tornar Londres a primeira opção para as aberturas de capital de empresas de tecnologia.
Anteriormente, a Arm tinha uma listagem dupla nos dois lados do Atlântico antes de ser adquirida pela SoftBank por £24,6 bilhões em 2016 e havia sido membro do FTSE por 18 anos.
A empresa de design de chips, que prometeu manter sua sede, operações e “propriedade intelectual relevante” no Reino Unido, indicou que consideraria uma listagem secundária em Londres “no devido tempo”.
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