Enquanto os eleitores de New Hampshire se preparavam para votar nas primeiras primárias do estado, uma ligação automática circulou no estado pedindo aos democratas que fiquem em casa - usando um áudio falso de Presidente dos EUA, Joe Biden.
Créditos de Imagem: Curto News/BingAI
“Dizer que é importante que você economize seu voto para as eleições de novembro… votar nesta terça-feira só ajuda os republicanos em sua busca para eleger Donald Trump novamente”, diz a ligação.
A Casa Branca confirmou na segunda-feira (22) que a ligação não foi gravada por Biden e disse que o incidente destaca os desafios apresentados pela inteligência artificial, especialmente antes das eleições presidenciais de novembro.
“O presidente deixou claro que existem riscos associados aos deepfakes. Imagens falsas e desinformação podem ser exacerbadas por tecnologias emergentes”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, a repórteres em Washington.
O procurador-geral de New Hampshire, John Formella, anunciou que está investigando o que chamou de uma aparente “tentativa ilegal de perturbar as eleições primárias presidenciais de New Hampshire e de suprimir os eleitores de New Hampshire”.
O áudio da ligação, segundo apoiadores da campanha de Biden, é “desinformação” e uma tentativa de suprimir a votação.
As chamadas incluíam o número de celular pessoal de Kathy Sullivan, ex-comissária de leis eleitorais de New Hampshire e presidente do Partido Democrata de New Hampshire.
Sullivan chamou a robocall de tentativa de interferência eleitoral e solicitou uma investigação. Não ficou claro quão amplamente a chamada de áudio foi circulada.
Em um comunicado, Sullivan disse que ficou ciente disso no domingo à noite.
“Várias pessoas descreveram ter recebido uma mensagem de voz falsa criada por meio de IA que imita a voz do Presidente Biden, na tentativa de suprimir sua participação na próxima primária de New Hampshire”, disse ela.
Ela afirmou que a chamada está vinculada ao seu número de celular pessoal sem a sua permissão.
A explosão da IA generativa – que pode criar texto, fotos e vídeos em resposta a prompts abertos – nos últimos meses tem gerado tanto entusiasmo quanto temores sobre seu potencial para tornar alguns empregos obsoletos, perturbar eleições e até mesmo possivelmente superar os humanos.
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