A Microsoft anunciou na segunda-feira (20) uma nova categoria de computadores pessoais com recursos de inteligência artificial (IA). A iniciativa faz parte da estratégia da empresa para integrar essa tecnologia emergente em seus produtos e competir com a Alphabet (controladora do Google) e a Apple.
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Introducing Copilot+ PCs: the fastest, most powerful and intelligent Windows PCs ever. They give you a photographic memory of everything you’ve done on your PC and the ability to cocreate with AI in real-time! Here: https://t.co/Lz6RabK5KD pic.twitter.com/cx5zL782E9
— Yusuf Mehdi (@yusuf_i_mehdi) May 20, 2024
Durante um evento em Redmond, Washington, o CEO Satya Nadella apresentou os PCs “Copilot+”, que serão vendidos pela própria Microsoft e por fabricantes como Acer e Asus. O lançamento acontece em um momento de alta valorização das ações da Microsoft, impulsionadas pela expectativa de que a IA trará forte crescimento para a companhia e outras gigantes da tecnologia.
Com capacidade para realizar mais tarefas de inteligência artificial sem depender da nuvem, os novos computadores custarão a partir de US$ 1.000 e começarão a ser enviados em 18 de junho.
A Microsoft apresentou um recurso chamado “Recall”, que ajuda os usuários a encontrar arquivos e dados visualizados anteriormente no PC, mesmo que estivessem em uma aba do navegador. A empresa também demonstrou seu assistente de voz Copilot atuando como um treinador virtual em tempo real para um jogador de “Minecraft“.
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Yusuf Mehdi, chefe de marketing de consumo da Microsoft, espera que 50 milhões de PCs com IA sejam comprados no próximo ano. Ele afirmou que assistentes de IA mais rápidos rodando diretamente no PC serão “a razão mais convincente para atualizar seu computador em muito tempo”.
Analistas apontam que a nova categoria de PCs da Microsoft lembra a categoria “Ultrabook” de laptops Windows finos promovida pela Intel em 2011 para competir com o MacBook Air da Apple. O mercado global de PCs caiu cerca de 15% no ano passado, para 242 milhões de unidades, segundo a Gartner. Isso sugere que a Microsoft espera que a nova categoria represente cerca de 20% de todos os PCs vendidos.
A Microsoft também anunciou que o GPT-4o, a última tecnologia da OpenAI (criadora do ChatGPT), estará “em breve” disponível como parte do Copilot. A empresa ainda apresentou uma nova geração do tablet Surface Pro e do Surface Laptop com chips Qualcomm baseados na arquitetura Arm.
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A Microsoft comparou seus novos dispositivos com um aparelho da Apple, mostrando um software de edição de fotos da Adobe rodando mais rápido no dispositivo Microsoft. No início do mês, a Apple apresentou um novo chip focado em IA, que analistas esperam ser usado em futuros laptops.
Após décadas de domínio dos processadores Intel no mercado de PCs, a Qualcomm e outros fabricantes de componentes Arm de baixo consumo de energia tentam competir no segmento Windows. Os chips Qualcomm Snapdragon X Elite incluem uma unidade de processamento neural dedicada a acelerar aplicativos baseados em IA, como o software Copilot da Microsoft.
O evento da Microsoft aconteceu um dia antes do início de sua conferência anual de desenvolvedores. A empresa busca ampliar sua vantagem inicial na corrida para produzir ferramentas de IA que os consumidores estejam dispostos a pagar. A parceria com a OpenAI a colocou à frente da Alphabet, enquanto outras gigantes da tecnologia disputam a liderança nesse campo emergente.
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Na semana passada, a OpenAI e o Google apresentaram tecnologias de IA rivais, ambas capazes de responder por voz em tempo real e ser interrompidas – características essenciais para conversas naturais que os assistentes de voz baseados em IA ainda não dominam. O Google também anunciou a implementação de diversos recursos de IA generativa em seu lucrativo mecanismo de busca.
A indústria de PCs vem sofrendo pressão crescente da Apple desde que a empresa lançou seus chips personalizados baseados em designs Arm e abandonou os processadores Intel. Os processadores projetados pela Apple oferecem aos computadores Mac bateria com duração superior e desempenho mais rápido do que os chips da concorrência, que consomem mais energia.
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