A OpenAI reverteu sua decisão no processo de transformação em uma entidade com fins lucrativos, anunciando nesta segunda-feira (05) que seu braço sem fins lucrativos continuaria a controlar a empresa que cria o ChatGPT e outros produtos de inteligência artificial (IA). Anteriormente, a companhia buscava mais independência para sua divisão com fins lucrativos.
PUBLICIDADE
“Tomamos a decisão de que a organização sem fins lucrativos permanecesse no controle após ouvir líderes cívicos e ter discussões com os gabinetes dos Procuradores-Gerais da Califórnia e de Delaware”, disse o CEO Sam Altman em uma carta aos funcionários. Altman e o presidente do conselho da OpenAI sem fins lucrativos, Bret Taylor, afirmaram que o conselho tomou a decisão de que a organização sem fins lucrativos mantivesse o controle da OpenAI.
Um comunicado de imprensa da empresa informou que a parte com fins lucrativos da companhia, por meio da qual Altman conseguiu levantar bilhões para financiar o trabalho da OpenAI, passaria a ser uma empresa de benefício público, uma designação focada em missão para uma estrutura corporativa que ainda visa o lucro, mas também “tem que considerar os interesses tanto dos acionistas quanto da missão”. A organização sem fins lucrativos manteria o controle sobre a empresa de benefício público como uma grande acionista, de acordo com o comunicado.
Os cofundadores da OpenAI, incluindo Altman e o CEO da Tesla, Elon Musk, originalmente a iniciaram como um laboratório de pesquisa sem fins lucrativos com a missão de construir de forma segura o que é conhecido como inteligência artificial geral, ou AGI, para o benefício da humanidade. Quase uma década depois, a OpenAI reportou um valor de mercado de US$ 300 bilhões e conta com 400 milhões de usuários semanais do ChatGPT, seu principal produto, de acordo com um relatório da empresa de capital de risco Andreessen Horowitz, que investiu na startup.
PUBLICIDADE
A OpenAI enfrentou diversos desafios na conversão de sua estrutura de governança central. Um grande obstáculo foi um processo movido por Musk, que acusa a empresa e Altman de traírem os princípios fundadores que o levaram a investir na organização beneficente. Musk teve um desentendimento com Altman e iniciou sua própria empresa de IA concorrente, a xAI, que recentemente adquiriu o X, anteriormente conhecido como Twitter. A OpenAI classificou Musk como um “mau perdedor” na disputa, amargurado pelo sucesso de um rival.
Leia também: