Os resultados do levantamento indicam que 76,6% dos entrevistados no Brasil preveem que a inteligência artificial (IA) terá um impacto parcial em seus campos de atuação. Entre as principais preocupações dos trabalhadores estão o desemprego, a privacidade e a segurança de dados relacionadas ao avanço da IA.
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A falta de intuição e julgamento humano também é uma preocupação compartilhada por profissionais de outros países da América Latina, como Panamá, México e Peru, que demonstraram percepções semelhantes às dos brasileiros.
A pesquisa da Page Interim também revela que apenas 3% dos entrevistados consideram exageradas as perspectivas sobre os impactos da IA no trabalho e que esses impactos não serão significativos. Além disso, 3,4% ainda não têm uma opinião formada sobre o assunto.
Essa preocupação não é infundada. O Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, estima que quase 40% dos empregos globalmente poderão ser afetados pela IA, o que poderia aumentar a desigualdade. No entanto, esse impacto tende a ser mais pronunciado nos países desenvolvidos em comparação com os emergentes, como o Brasil.
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Por outro lado, 32,1% dos entrevistados ainda veem a IA como potencialmente benéfica. Para esses indivíduos, a tecnologia pode trazer mudanças positivas ao mercado de trabalho. Victoria Quintella, diretora da Page Interim, destaca que a IA não apenas altera a interação com a tecnologia, mas também cria novas oportunidades de emprego.
Além disso, um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) sugere que a substituição de empregos por robôs não ocorrerá tão rapidamente. A pesquisa indica que muitos trabalhos considerados vulneráveis à automação não são economicamente viáveis para serem substituídos por máquinas.
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