A inteligência artificial generativa viralizou desde o lançamento do ChatGPT, há pouco mais de um ano. Por que se preocupar em compor uma mensagem de aniversário para sua avó quando um robô pode fazer isso? Até mesmo os bancos estão entrando na onda (não tanto na escrita de cartões, mas na escrita de código).
PUBLICIDADE
Naturalmente, os órgãos reguladores financeiros estão preocupados com o que poderia dar errado, considerando que a inteligência artificial às vezes fabrica conteúdo falso ou ignora questões sociais.
A Autoridade Monetária de Singapura lançou um framework de gerenciamento de riscos da IA para bancos em novembro, em colaboração com as próprias instituições financeiras e gigantes da tecnologia.
O Projeto MindForge mapeia os riscos e recompensas da inteligência artificial para o setor financeiro. O novo framework, parte da primeira fase da iniciativa, identifica sete pontos críticos de risco para os bancos.
PUBLICIDADE
Estes são: equidade e viés; ética e impacto; responsabilidade e governança; transparência e explicabilidade; legal e regulatório; monitoramento e estabilidade dos modelos; e cibersegurança e segurança de dados.
Por que isso está acontecendo?
Os banqueiros estão utilizando a IA para todos os tipos de tarefas, desde acelerar funções repetitivas de risco e conformidade até elaborar comunicações internas. A McKinsey estima que a tecnologia poderia agregar entre US$ 200 bilhões e US$ 350 bilhões em valor para os bancos atacadistas.
Mas cada banco tem a sua própria opinião sobre o assunto e não existem regulamentações personalizadas, muito menos um consenso regulamentar global sobre se alguma destas medidas é uma boa ideia.
PUBLICIDADE
O que dizem os banqueiros?
Citibank, HSBC, Standard Chartered, DBS, OCBC e United Overseas Bank (UOB) participaram do projeto. Rishiraj Singh, chefe de dados corporativos, governança e qualidade de dados da UOB, afirma:
“Houve muita reflexão sobre como gerenciamos os riscos em torno da IA em geral. As práticas responsáveis de IA têm sido bastante maduras na indústria financeira de Singapura, o que ajudou a acelerar o desenvolvimento da estrutura de risco.”
Ainda, afirma que o novo quadro de gestão de risco pode ajudar os bancos a resolver questões relacionadas com a justiça e a ética, eliminando potenciais preconceitos ou resultados discriminatórios.
PUBLICIDADE
Leia também: