A inteligência artificial (IA) está se tornando cada vez mais presente em nosso dia a dia, desde smartphones até carros autônomos. O uso intensivo dessa tecnologia traz consigo uma série de vantagens, como aumento da produtividade, otimização de processos e criação de novas oportunidades.
Um dos exemplos mais notáveis é o ChatGPT, um chatbot lançado pela OpenAI em novembro de 2022. Capaz de gerar textos, traduzir idiomas e escrever diferentes tipos de conteúdo criativo, o ChatGPT rapidamente se tornou viral, demonstrando o potencial da IA para revolucionar a comunicação e a produção de conteúdo.
Em um cenário global, empresas como Google, Microsoft e Amazon estão investindo pesadamente em pesquisa e desenvolvimento de IA, reconhecendo o potencial dessa tecnologia para transformar diversos setores da economia.
No entanto, o uso intensivo da IA também levanta preocupações. Uma das principais é a perda de empregos, já que a automação de tarefas pode levar à demissão de trabalhadores em diversos setores.
Outro ponto de debate é a questão ética, com especialistas alertando para o potencial da IA ser usada para fins maliciosos, como a manipulação da opinião pública ou a vigilância em massa.
Para discutir esses desafios e oportunidades, diversos eventos mundiais estão sendo realizados, como o AI Safety Summit, que reuniu especialistas, líderes empresariais e representantes de governos para debater o futuro da IA e seus impactos na sociedade. Além de debates em torno de marcos regulatórios para essas tecnologias.
Neste artigo vamos listar um parecer geral sobre as vantagens e desvantagens do uso intensivos dessas tecnologias:
A inteligência artificial (IA) é um campo da ciência da computação focado na criação de sistemas que realizam tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, como reconhecimento de fala, percepção visual e tomada de decisões. Utilizando algoritmos avançados e grandes volumes de dados, esses sistemas aprendem e melhoram com o tempo. IA pode ser categorizada em IA estreita, que realiza tarefas específicas, e IA geral, que busca replicar capacidades cognitivas humanas em diversas atividades. Exemplos incluem assistentes virtuais como Siri e Alexa, e sistemas de recomendação da Netflix e Amazon. A IA está transformando indústrias como saúde e finanças, enquanto levanta importantes questões éticas e sociais.
A chamada “Corrida pela IA” despertada pelo lançamento público do ChatGPT pela OpenAI em 2022 modificou radicalmente a forma como as empresas enxergam seus modelos de negócio e mesmo como as pessoas realizam sua organização diária. O Relatório State of AI da Appen para 2021 afirma que todas as empresas têm uma necessidade crítica de adotar IA e aprendizado de máquina (ML) em seus modelos, sob o risco de ficarem para trás. As empresas estão utilizando cada vez mais a IA para otimizar seus processos internos (bem como alguns processos e aplicativos voltados para o cliente). Implementar IA pode ajudar sua empresa a alcançar resultados mais rápidos e com maior precisão.
Disponibilidade 24/7
Programas de IA estão disponíveis o tempo todo, enquanto humanos trabalham 8 horas por dia. Máquinas podem trabalhar durante todo o dia e a noite, e chatbots alimentados por IA podem fornecer atendimento ao cliente mesmo fora do horário comercial. Isso pode ajudar as empresas a produzir mais e proporcionar uma melhor experiência ao cliente do que os humanos poderiam oferecer sozinhos.
Trabalhos repetitivos
Outra aplicação recorrente para as tecnologias de inteligência artificial é na automatização de tarefas repetitivas. Seja tradução de textos simples, análise de dados, agendamentos automáticos de compromissos e outras tarefas menores que podem ser eliminadas do dia do usuário a partir de ferramentas automatizadas.
Os tipos de negócios que são mais propensos a usar inteligência artificial (IA) estão vendo um crescimento na produtividade dos trabalhadores quase cinco vezes mais rápido do que em outros lugares, aumentando as esperanças de um impulso para a economia em geral – disse a empresa de contabilidade PwC.
A produtividade nos serviços profissionais e financeiros e na tecnologia da informação cresceu 4,3% entre 2018 e 2022, em comparação com ganhos de 0,9% em construção, manufatura e varejo, alimentação e transporte, revelou a PwC.
Redução de custos
Ao passo que ferramentas de IA são capazes de automatizar processos, impulsionar produtividade e atuar de forma constante (desde que os dados corretos sejam fornecidos), a redução de custos operacionais se torna outra vantagem inegável para as empresas.
Relatórios recentes sugerem que utilizar inteligência artificial (IA) no ambiente de trabalho tem o potencial de reduzir os custos operacionais em até 30%, além de melhorar a eficiência nos negócios em 40%.
Com isso em mente, uma pesquisa com 3.000 proprietários e gestores de negócios nos Estados Unidos buscou determinar quantos já estão utilizando inteligência artificial (IA) no ambiente de trabalho e quais tarefas estão sendo mais comumente substituídas por ferramentas automatizadas. Com base em seus achados, eles também examinaram o quanto de dinheiro a IA já está economizando para as empresas em 2024.
Análise de dados
Quando se trata de processar dados, a escala de dados gerados excede em muito a capacidade humana de entender e analisar. Algoritmos de IA podem ajudar a processar volumes maiores de dados complexos, tornando-os utilizáveis para análise.
Um exemplo desse tipo de iniciativa foi um anúncio realizado pela OpenAI em maio deste ano, revelando uma integração do ChatGPT com o Google Drive e One Drive para análise de dados. De acordo com a OpenAI, essa integração permite ao ChatGPT ler arquivos do Excel, Word, PowerPoint e seus equivalentes do Google “com mais rapidez”.
Apesar do desenvolvimento acelerado das tecnologias de inteligência artificial e de seu potencial latente de impactar os mais diversos setores, não são poucos os questionamentos que esse tipo de tecnologia traz consigo. Governos e instituições do mundo todo se movimentam diante de debates sobre direitos autorais, segurança de uso, algoritmo enviesado, acessibilidade, regulamentação e impacto social de IA.
Perda de empregos
Ao passo que a automatização de tarefas pode levar ao aumento de eficiência operacional nas empresas e de produtividade, questionamentos sobre o aumento do desemprego no curto prazo em decorrência desse processo são um tema recorrente de debates.
Um relatório internacional de especialistas em inteligência artificial (IA) alerta para possíveis aumentos no curto prazo do desemprego e emissões de carbono devido à IA. O documento também indica que reguladores podem ter dificuldade para acompanhar o ritmo de avanços tecnológicos.
Falta de transparência e regulamentação
O funcionamento interno de muitos sistemas de IA é complexo e opaco, o que dificulta a compreensão de como eles tomam decisões. Essa falta de transparência pode gerar desconfiança e dificultar a responsabilização das empresas e governos pelo uso da IA. Além disso, em decorrência da velocidade de desenvolvimento de muitas dessas tecnologias, o estabelecimento de marcos regulatórios ou mesmo uma preparação adequada do mercado se torna um processo complexo.
Diversas iniciativas como o AI Safety Summit têm sido conduzidas na tentativa de criar um uso mais seguro de IA na sociedade. Tendo sido co-organizada pelo Reino Unido e pela Coreia do Sul, a Segunda Cúpula de Segurança em IA teve duração de dois dias, encerrados nesta quarta-feira (22). Com pautas focadas em inclusão, diversidade, inovação e uso seguro de inteligência artificial (IA), o evento estabeleceu novas diretrizes para algumas de suas discussões em pauta.
A Europa também deu um grande passo para regulamentar a inteligência artificial (IA) com a aprovação, pelos países da UE, de leis pioneiras nesta área. Essas regras, que entram em vigor no próximo mês, estabelecem um potencial marco global para uma tecnologia usada em todos os setores e na vida cotidiana.
Riscos à segurança e privacidade
A IA pode ser usada para fins maliciosos, como ataques cibernéticos, vigilância em massa e manipulação da opinião pública. Além disso, a coleta e o armazenamento de grandes volumes de dados pessoais para treinar sistemas de IA podem representar riscos à privacidade individual.
Globalmente, estima-se que o custo dos ataques cibernéticos e outros cibercrimes em 2025 excederá US$ 10 trilhões (€9,3 trilhões) – de acordo com um relatório elaborado pela Cybersecurity Ventures. Os ataques personalizados envolvem cibercriminosos usando vídeo e áudio disponíveis publicamente online para imitar o rosto e a voz de uma pessoa. Esses produtos falsos são então usados para fazer chamadas de vídeo online e solicitar dinheiro de familiares ou parceiros comerciais.
Outro caso a se destacar de violação de privacidade é o embate entre o The New York Times contra a OpenAI sobre o uso indevido de artigos do jornal pela empresa de tecnologia. O The New York Times entrou em dezembro de 2023 com um processo federal por violação de direitos autorais contra a OpenAI, criadora do ChatGPT, e seu principal apoiador, a Microsoft.
Em um caso mais recente, a atriz Scarlett Johansson tomou medidas legais contra um aplicativo de inteligência artificial (IA) que usou seu nome e imagem em um anúncio gerado por IA sem sua permissão.
Impacto ambiental
O treinamento e a operação de sistemas de IA podem consumir grandes quantidades de energia, o que pode contribuir para as mudanças climáticas. Além disso, a produção de hardware para sistemas de IA pode gerar impactos ambientais negativos. Considerando o aumento exponencial dessas tecnologias no mercado, a necessidade por centros de processamento de dados cresce na mesma medida, acarretando uma súbita demanda energética a ser suprida.
Em um texto publicado no dia 17 de abril na Bloomberg, Rene Haas, CEO da Arm – empresa responsável pela fabricação de 99% dos chips usados no mundo -, levantou uma advertência em relação ao atual frenesi por inteligência artificial (IA) que domina as empresas de tecnologia. Segundo o executivo, a previsão é de que até 2030 os data centers espalhados pelo mundo sejam responsáveis por um consumo de energia elétrica superior ao de toda a Índia.
Além disso, os gastos globais com data centers, conforme estimado pelo grupo de pesquisa Dgtl Infra, estão projetados para exceder US$ 225 bilhões até 2024.
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