De acordo com o comunicado, assinado pelo CEO Neal Mohan, o YouTube reconhece o potencial da IA generativa para estimular a criatividade. No entanto, a empresa está ciente de sua responsabilidade em proteger a comunidade e, portanto, exigirá a identificação de clipes que contenham elementos digitais feitos ou modificados.
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Nos próximos meses, o YouTube planeja lançar um sistema de etiquetas para conteúdos produzidos ou editados utilizando inteligência artificial. Os próprios criadores serão responsáveis por declarar se o vídeo é artificial, ou seja, se foi criado com esse tipo de recurso digital.
A etiqueta será aplicada tanto a obras criadas do zero quanto a modificações de rostos ou ações de pessoas reais, incluindo os deepfakes.
Além da marcação, que pode ser duplicada em vídeos com conteúdo mais sensível, conteúdos que violem as diretrizes da comunidade serão removidos. Isso engloba, por exemplo, a representação de violência realista ou disseminação de desinformação.
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Esses recursos chegarão a tempo de serem implementados em pelo menos dois importantes processos eleitorais de 2024: as eleições presidenciais nos Estados Unidos, já em período de primárias e marcadas para 5 de novembro, e as eleições municipais no Brasil, com o primeiro turno agendado para 6 de outubro.
Youtube e IA
Além das etiquetas e das restrições a certos conteúdos, o YouTube revelou que irá oferecer canais de comunicação para que os usuários possam solicitar a remoção de conteúdo gerado por IA que simula uma pessoa identificável, independentemente de ser famosa ou não.
Adicionalmente, gravadoras e titulares de direitos autorais poderão solicitar a remoção de imitações da voz de um artista que não tenham a autorização adequada para uso.
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O YouTube confirmou o uso de inteligência artificial internamente em certos processos. A empresa implementou funcionalidades internas para melhorar a velocidade e a precisão nos sistemas de moderação de conteúdo.
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