Veja os destaques do Curto Verde desta quarta-feira (09): o grupo eletrônico japonês Sony começará a eliminar embalagens de plástico em 2023; a Enel Brasil lança game na PlayEnergy, com foco na conscientização da geração Z sobre os desafios climáticos; o poder da moda no combate ao greenwashing; e ativistas ambientais deixam de ter filhos para salvar o planeta.
O grupo eletrônico japonês Sony começará a eliminar gradualmente o plástico das embalagens de pequenos aparelhos como smartphones, câmeras e dispositivos de som a partir do próximo ano, anunciou um porta-voz nesta terça-feira (8).
A partir de abril, as embalagens de plástico não serão utilizadas para novos produtos com peso igual ou inferior a um quilo. A empresa japonesa pretende eliminar até 2025 o uso do material nas embalagens de produtos pequenos, segundo a mesma fonte.
“Em vez de plástico, usaremos principalmente papel e o chamado ‘material de mistura original’ feito de bambu, papel usado e fibra de cana-de-açúcar”, disse ela.
A empresa deseja acabar com o uso de plástico nas embalagens de todos os seus produtos, mas não há um prazo concreto para alcançar o objetivo, acrescentou.
A maioria dos plásticos, incluindo aqueles em embalagens e produtos de uso único, não se decompõe rapidamente na natureza. O material pode se decompor em microplásticos poluentes, encontrados em todos os cantos do mundo e até em órgãos humanos.
A Sony anunciou um plano global a longo prazo para alcançar até 2050 uma “pegada ambiental zero” em todo o ciclo de vida de seus produtos e atividades comerciais.
Para aproximar jovens estudantes de temas fundamentais para a conquista de um futuro sustentável, a Enel Brasil inicia as atividades da terceira edição da PlayEnergy, iniciativa global da companhia que este ano traz um game para a geração Z, buscando atrair jovens com idade entre 14 e 20 anos.
Até junho de 2023, participantes do desafio precisarão completar as missões que integram o jogo. Além de conquistar prêmios de até 1.000 euros, os jovens assimilam de forma lúdica conhecimentos e conceitos fundamentais para o processo de descarbonização, descobrindo como a eletrificação a partir de fontes renováveis de energia pode ajudar a combater as mudanças climáticas.
As inscrições são gratuitas e já estão abertas pelo site da PlayEnergy.
“Queremos conectar a geração Z, que são os tomadores de decisão do amanhã, aos debates sobre a importância de ações efetivas para frear as mudanças climáticas. Por isso, é fundamental alertar essa faixa etária sobre a importância da transição energética e disseminar entre esses jovens valores como sustentabilidade, energias renováveis e eletrificação, que estão no centro da atuação da Enel. Nossa intenção é ajudar a transformar esses jovens em agentes ativos na construção de um futuro sustentável”, explica a diretora de Comunicação da Enel Brasil, Janaína Vilella.
Grandes marcas estão mudando a maneira como falam sobre sustentabilidade, após uma maior repressão regulatória na Europa. Mas exatamente como as empresas deveriam ser obrigadas a fundamentar suas alegações de ecomarketing ainda é muito debatido.
Vale lembrar que “greenwashing” consiste em uma prática de promover discursos, anúncios, propagandas e campanhas publicitárias com características ecologicamente/ambientalmente responsáveis, sustentáveis, verde, “eco-friendly”, etc. Todavia, na prática, tais atitudes não ocorrem. Por esse motivo, o “greenwashing” tem a intenção de criar uma falsa aparência de sustentabilidade, induzindo o consumidor ao erro, uma vez que, ao comprar o produto ou serviço, ele acredita que está contribuindo para a causa ambiental. Entenda melhor:
Diversas ações de marketing tem sido removidas, como consequência de uma ampla repressão do greenwashing, que está forçando uma rápida reavaliação da maneira como as marcas comercializam produtos que dizem ser mais sustentáveis.
O crescente apetite do consumidor por produtos que podem reivindicar um menor impacto ambiental ou melhores resultados sociais ajudou a alimentar um frenesi de marketing de sustentabilidade de todos os cantos da indústria da moda. Veja na matéria da revista The Business of Fashion (*), quais empresas foram obrigadas a retirar “do ar” ações de marketing e quais são as medidas que estão sendo tomadas para se adequar ao cenário regulatório em rápida mudança.
“É uma loucura trazer crianças ao mundo agora!”. Convencidos de que a luta contra o aquecimento global exige a redução da população mundial, os ativistas ambientais aplicam eles mesmos esse princípio e renunciam a serem pais.
Prestes a ultrapassar a barreira dos 8 bilhões de habitantes no mundo, “já somos muitos em comparação com o que o planeta pode suportar”, afirma Alice Rallier, de 44 anos, membro da Démographie Responsable (Demografia Responsável).
Esta pequena associação francesa milita pela “estabilização e depois a lenta diminuição da população humana”.
Para esses ativistas, não se trata de coagir, mas de propor um “incentivo voluntário”, como limitar os auxílios às famílias a partir do segundo filho, afirma Denis Garnier, presidente da Démographie Responsable.
De acordo com uma pesquisa publicada em 2021 pelo periódico The Lancet (🇬🇧), realizada com 10 mil pessoas de dez países em todos os continentes, 39% dos jovens entre 16 e 25 anos “hesitam em ter filhos”, porque estão preocupados com o aquecimento global.
Essa também é uma realidade aqui no Brasil, o levantamento mostrou que quase metade (48%) dos brasileiros entrevistados disseram que as mudanças climáticas os fazem ficar hesitantes em relação a ter filhos. (BBC Brasil)
(com AFP)
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Este post foi modificado pela última vez em 13 de dezembro de 2022 15:15
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