O documento “expõe em termos muito claros onde estamos, mas também aponta que sempre existe uma possibilidade, com um esforço mundial significativo, de atingir o objetivo de 1,5°C”, destacou Simon Stiell, secretário-executivo da ONU para as mudanças climáticas. “A janela de oportunidades diminui, mas ainda existe”, acrescentou, paralelamente a uma reunião preparatória para a 28ª conferência do clima da ONU (COP28).
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O IPCC divulgou nesta segunda (20) seu sexto relatório de síntese desde a criação do grupo, um resumo de todo o conhecimento sobre o aquecimento global. Apesar de previsões cada vez mais alarmantes, o relatório pretende passar “uma mensagem de esperança”, apontando que ações mais contundentes permitiriam atingir a meta de conter a elevação da temperatura do planeta a 1,5ºC em relação à era pré-industrial.
Segundo o IPCC, o aquecimento alcançará essa barreira nos anos 2030-2035, e já aumentou, em média, 1,2°C. Esta projeção é válida em quase todos os cenários de emissão de gases do efeito estufa da humanidade a curto prazo estabelecidos pelo grupo de cientistas.
Stiell convocou o mundo a agir, mas se dirigiu, especialmente, ao G20, grupo que reúne as economias mais avançadas do planeta. “Sabemos que 80% das emissões foram produzidas pelo G20. É um ponto de partida muito claro”, disse o funcionário da ONU.
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Esses países representam 85% do PIB mundial, e contam, portanto, com “a tecnologia e capacidade financeira para responder à crise”, destacou o secretário.
(Com AFP)
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