Muito se fala a respeito da obrigação das empresas mediram e mitigarem o seu impacto para o aquecimento global por meio das emissões de carbono. Mas há um outro impacto cuja medição é considerada por especialistas como igualmente importante para combater a crise climática, e que agora ganha forma concreta de ação: o impacto na perda da biodiversidade.
Pesquisas mostram que a crise da biodiversidade é tão grave quanto a crise climática, mas há menos informações sobre como as empresas impulsionam esse processo.
Para mudar isso, a Rede de Metas Baseadas na Ciência (em inglês, Science-Based Targets Network – SBTN), que reúne ONGs, associações empresariais e consultorias para estabelecer metas científicas e mensuráveis de ação sustentável, criou a primeira estrutura para as empresas relatarem seus impactos sobre a natureza, como parte de uma novo estágio evolutivo para os relatórios ambientais corporativos.
A SBTN está oferecendo às empresas orientações para medir como elas contribuem para a degradação do solo e a poluição da água doce – processos que causam diversos efeitos diretos e indiretos prejudiciais à biodiversidade global. Com o uso da metodologia, as empresas podem descobrir como reduzir esses impactos e quais metas podem definir para isso.
Para a SBTN, combater a crise climática e a perda global da biodiversidade devem ser processos interconectados. “Estamos no meio de crises interconectadas. Não podemos limitar o aquecimento global a 1,5°C [acima dos níveis pré-industriais] sem abordar a perda da natureza, e não podemos deter e reverter a perda da natureza sem um clima estável”, disse ao The Guardian (*) Erin Billman, diretora executiva da SBTN.
Porém, enquanto mais de 2,6 mil empresas já relatam suas emissões de carbono usando metas baseadas na ciência, a transparência em relação às contribuições na degradação da natureza é bem menos disseminada.😞
A SBTN quer, com o novo modelo de medição de impactos empresariais do impacto na biodiversidade, garantir que haja consenso sobre como as empresas devem colaborar para este fim, “levando a natureza para a sala de reuniões”, segundo Billman.
Como parte do lançamento piloto (🇬🇧), 17 empresas, incluindo H&M, Kering, Nestlé e Tesco, enviarão dados sobre seus impactos na natureza até o final do ano. Essas metas serão comparadas e adequadas às metas baseadas na ciência a partir do início de 2024. Outras empresas também podem enviar dados de forma voluntária.
A SBTN validará as metas se estiverem alinhadas com o objetivo do acordo Kumming-Montreal. Somente depois disso, uma empresa poderá dizer que estabeleceu metas científicas para a preservação da natureza.
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