São os destaques do Curto Verde desta terça-feira (16): o segundo maior bioma nacional em extensão - o cerrado - pode estar em risco devido ao desmatamento; dados do relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que a violência na Amazônia cresceu em relação à média do país; cientistas afirmam que 'um cinturão de calor extremo' irá atingir o centro dos EUA em 30 anos e um novo incêndio na Espanha consome cerca de 10 mil hectares.
“Se o desmatamento no Cerrado continuar nesse ritmo, ele perderá seu papel histórico de absorção e armazenamento de carbono. Torna-se mais vulnerável. Na prática, isso significa que pode perder a biodiversidade.”
A afirmação é de Jean Ometto, agrônomo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em reportagem especial ao jornal Financial Times, ele questiona se o boom da agricultura sobre no bioma não foi longe demais.
Segundo o jornal, a região é muito importante para se frear o aquecimento global.
Segundo dados do relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), a violência na região Amazônica cresceu em relação à média do país.
A edição 2022 do Anuário do Fórum, apontou que a violência letal da Amazônia foi 38% superior às demais regiões.
Em entrevista ao G1, o sociólogo Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirmou que a percepção da maioria, especialmente dos moradores da Amazônia, é de que o Estado brasileiro está sem o controle da região, e sem conseguir conter a criminalidade.
“Qualquer projeto de desenvolvimento para a Amazônia deve considerar a necessidade de recuperar os territórios das mãos das facções e milícias, prevenir a violência e enfrentar o crime, o que, para a população, não está sendo feito pelo governo. Assim, não há investimento socioambiental que dê conta”, disse Lima.
Uma pesquisa encomendada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) ao PoderData – e feita junto a 3 mil eleitores de todo o país entre 28 e 30 de julho – revelou que 81% dos eleitores acreditam que os presidenciáveis devem ter a proteção da Floresta Amazônica entre as suas prioridades. (G1)
Ainda segundo a pesquisa, para 65% dos entrevistados o governo federal não está trabalhando para combater a grilagem, o tráfico de drogas, a exploração ilegal de madeira e outros crimes na Amazônia.
Os Estados Unidos irão desenvolver em 30 anos um “cinturão de calor extremo”, que irá do estado da Louisiana, no sul, até o Lago Michigan, no norte, atravessando o Centro-Oeste do país, segundo um relatório da organização sem fins lucrativos First Street Foundation, divulgado nesta segunda-feira (16).
“Temos que nos preparar para o inevitável”, disse Matthew Eby, fundador da organização, à AFP. “As consequências serão terríveis.”
De acordo com a projeção, essa área – lar de mais de 100 milhões de americanos e que abrange um quarto do país – irá experimentar pelo menos um dia de calor extremo por ano em 2053, com uma sensação térmica de mais de 51°C.
O Centro-Oeste dos Estados Unidos seria particularmente afetado, devido à distância do mar, embora o calor extremo também vá atingir regiões menores da Costa Leste e do sul da Califórnia, segundo o documento.
O calor é o fenômeno meteorológico que mais mata nos Estados Unidos, superando as enchentes e os furacões.
A First Street Foundation baseia suas projeções em um cenário moderado dos especialistas climáticos da ONU (IPCC), em que as emissões de gases do efeito estufa irão atingir seu ápice na década de 2040, antes de diminuírem.
Foram necessários quase 300 bombeiros para combater um grande incêndio na província de Alicante, no sudeste da Espanha. O fogo já consumiu cerca de 10.000 hectares em uma área montanhosa e de difícil acesso, indicaram as autoridades nesta terça-feira (16).
O incêndio começou com um raio no Vall d’Ebo, na província de Alicante, na noite do último sábado (13).
Desde então, se propagou rapidamente, com a ajuda de fortes ventos, e obrigou a deslocar mais de 1.000 moradores da região, afirmou o governo da região de Valência.
Até agora, a Espanha sofreu 391 incêndios neste ano, alimentados por temperaturas muito altas, às vezes acima de 40 graus, e secas persistentes.
De acordo com os últimos dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), os incêndios queimaram mais de 270.000 hectares este ano na Espanha, o país mais afetado da Europa.
Os incêndios na Espanha foram especialmente devastadores este ano, pois destruíram até agora em 2022 mais que o triplo da área queimada em todo o ano de 2021, quando foram 84.827 hectares.
(Com informações da AFP)
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