Cambridge University scientists develop a device to ‘defossilise’ the economy using sunlight, water and carbon dioxide. @guardianhttps://t.co/lbmMWhm2ho
— Daily Climate (@TheDailyClimate) November 13, 2023
O projeto baseia-se numa folha artificial flutuante – desenvolvida na universidade – e que pode transformar luz solar, água e dióxido de carbono em combustível sintético. O grupo acredita que estes dispositivos finos e flexíveis poderão um dia ser explorados em escala industrial.
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“Os painéis solares são excelentes na geração de eletricidade e são uma grande contribuição para que o mundo alcance as suas aspirações líquidas zero”, disse Erwin Reisner, professor de energia e sustentabilidade na Universidade de Cambridge.
“Mas usar a luz solar para produzir combustíveis não fósseis que poderiam ser queimados por carros ou navios leva as coisas um passo adiante”, completou o professor.
Os pesquisadores desejam explorar a tecnologia para construir tapetes de folhas artificiais que flutuariam em lagos e estuários de rios e utilizariam a luz solar para converter água e dióxido de carbono em componentes de gasolina e outros combustíveis.
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A folha artificial criada em Cambridge se inspira nas plantas, que usam a fotossíntese para criar alimentos. Flutuando na água, a folha artificial produz hidrogênio e monóxido de carbono.
“Crucialmente, usamos a luz solar para alimentar essas transformações”, disse Reisner. “E os produtos químicos que produzimos desta forma já foram utilizados para fabricar matérias-primas, embora seja o combustível – como o gasóleo ou a gasolina – que realmente queremos atingir. Um objetivo seria produzir querosene verde sustentável para o mercado de aviação.”
Os navios são outro alvo. Cerca de 80% do comércio global é transportado por navios de carga que queimam combustíveis fósseis e as suas emissões representam mais de 3% da produção industrial total de CO2. Substituir o seu combustível por uma alternativa verde eficaz desempenharia um grande papel na ajuda na batalha contra o aquecimento global.
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Uma vantagem crucial desta tecnologia é o fato dela flutuar e, portanto, não ocupar as grandes quantidades de terra necessárias para culturas e florestas. “A energia limpa e o uso da terra não competiriam entre si”, acrescentou o cientista.
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