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Líder da COP 28 pede que indústria de petróleo e gás acelere descarbonização

A indústria de petróleo e gás deve avançar mais rapidamente em sua transição energética e descarbonizar sua produção, um processo global que ainda requer financiamento, disse nesta segunda-feira (6) Sultan Ahmed Al Jaber, chefão do petróleo e líder da COP 28, a cúpula do clima da ONU.

“Junto com todas as indústrias, o setor de petróleo e gás precisa melhorar seu jogo, fazer mais e mais rápido. Precisa descarbonizar rapidamente suas operações. E isso tem um papel vital na descarbonização de seus clientes”, comentou Al Jaber durante o “CeraWeek by S&P Global 2023”, fórum mundial de energia que acontece em Houston, Texas, nos Estados Unidos.

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“A ciência é clara. Precisamos ir atrás da meta de zerar as emissões líquidas. Apenas metade da indústria declarou uma meta de zero de alcance 1 e 2 (emissões controladas pela própria empresa) até 2050 (meta global do Acordo de Paris). Todos na indústria devem estar alinhados em torno do mesmo objetivo”, acrescentou.

O Acordo de Paris, em vigor desde 2016, busca limitar o aquecimento global para que não ultrapasse 2°C. Isso inclui eliminar o carbono da produção de energia. Este ano a cúpula mundial COP 28 será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

“Houston, temos um problema”, mas “o fracasso não é uma opção”, afirmou Al Jaber, em referência a duas expressões conhecidas que ficaram famosas na Nasa, que tem um centro espacial nesta cidade do Texas.

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O também ministro da Indústria dos Emirados Árabes admitiu que ainda estão longe do orçamento necessário para realizar a transição energética global.

“Segundo a Agência Internacional de Energia, em 2022, o mundo investiu 1,4 trilhão de dólares (7,2 trilhões de reais) na transição energética. Precisamos de mais de três vezes esse valor. O capital deve vir de todas as fontes”, disse.

“E quando se trata de financiar a transição energética, devemos garantir que ninguém seja deixado para trás. Apenas 15% do investimento em tecnologia limpa chega às economias em desenvolvimento do sul global, e é lá onde vivem 80% da população”, acrescentou, e instou as organizações multilaterais a participar.

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(com AFP)

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