🌱 ‘Humanidade se tornou arma de extinção em massa’
O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou, nesta terça-feira (6), as multinacionais por transformarem os ecossistemas mundiais em “brinquedos para obter lucro”, e alertou que, caso não haja uma mudança de rumo, os resultados serão catastróficos.
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Desde que assumiu o cargo, em 2017, Guterres fez das mudanças climáticas seu cavalo de batalha. Suas denúncias inflamadas na abertura solene da COP15 mostram que ele também está preocupado com o destino das plantas e dos animais ameaçados de extinção, entendendo que se trata da mesma crise.
Os desafios da COP15 são enormes: um milhão de espécies estão ameaçadas de extinção, um terço das terras do mundo estão gravemente degradadas e os solos férteis estão desaparecendo, enquanto a poluição e as mudanças climáticas aceleram a degradação dos oceanos.
Produtos químicos, o plástico e a poluição do ar sufocam a terra, a água e o ar, enquanto o aquecimento global causado pela queima de combustíveis fósseis provoca um caos climático, que vai de ondas de calor e incêndios florestais até secas e inundações.
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Mais de 190 países se reúnem de 7 a 19 de dezembro para tentar selar um pacto de 10 anos pela natureza que evite a sexta extinção em massa. Mas o resultado das negociações, que envolvem cerca de 20 metas para proteger os ecossistemas até 2030, é incerto.
🌊 Futuro dos oceanos será discutido em Paris
A França sediará em Paris, “no fim de maio de 2023”, uma segunda rodada de negociações, depois da realizada no Uruguai, para pactuar um tratado mundial sobre a poluição marinha por plásticos, anunciaram fontes oficiais nesta terça-feira (6).
Representantes de 160 países e cerca de 850 membros da sociedade civil participaram da primeira etapa da negociação, que terminou em 2 de dezembro em Punta del Este, no Uruguai, após cinco dias de debates.
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“Esta sessão foi a ocasião para que os Estados detalhassem suas ambições para o futuro acordo, que devem ser as mais elevadas possíveis”, informaram a chancelaria e o Ministério de Transição Ecológica da França, ao anunciarem a nova rodada. A França e a União Europeia (UE) querem um pacto que “cubra todo o ciclo de vida dos plásticos, com esforços para reduzir, eliminar e proibir plásticos e substâncias problemáticas”, assim como “microplásticos e plásticos de uso único”, acrescentaram.
Onze milhões de toneladas de plásticos chegam aos mares e oceanos a cada ano, uma quantidade que pode ser três vezes maior em 2040 se não forem tomadas medidas, segundo a ONU. Além disso, os plásticos representam pelo menos 85% dos rejeitos lançados no mar.
☀️ Compromissos dos países ricos são insuficientes para limitar aquecimento global
A maioria dos países desenvolvidos tem ambições climáticas incompatíveis com os objetivos do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global a um máximo de 1,5ºC, segundo um estudo publicado nesta terça-feira (6).
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O site Paris Equity Check (*) avaliou as chamadas Contribuições Determinadas Nacionalmente (NDC, na sigla em inglês). Essas NDC são equivalentes aos compromissos de redução de gases de efeito estufa dos quase 200 países que assinaram o Acordo de Paris de 2015. As contribuições devem ser atualizadas a cada 5 anos.
Em sua última avaliação dos compromissos adotados até a data, o Paris Equity Check considera que “os países mais desenvolvidos” ainda estão longe de se ajustar a esse ambicioso limite de 1,5ºC, que foi reafirmado na COP26 em Glasgow no ano passado e na COP27 no Egito este ano.
Entre os países ricos, os compromissos da União Europeia estão ajustados para um aquecimento de 2,3 ou 2,5ºC até o final do século, e os dos Estados Unidos de 3 ou 3,4ºC.
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Nas Américas, o Brasil se ajustaria a um aquecimento de 2,1 ou 2,9ºC, e o México a 2,7 ou 3,2ºC. Um pouco menos ambiciosos, os compromissos do Chile se ajustariam a um aquecimento entre 3,2 e 4ºC, e da Argentina a 3,9ºC.
São os países mais pobres, em sua maioria da África subsaariana, os que mais se enquadram no Acordo de Paris. Seu desafio será manter seus compromissos quando decolarem financeiramente, depois de 2030.
🍉 Annita lança receitas para envolver fãs no desafio “Veganuary”
Annita vai mostrar seus dotes culinários para envolver os fãs no desafio Veganuary, que busca incentivar as pessoas em todo mundo a adotarem uma dieta sem nada de origem animal ao longo do mês de janeiro.
O nome é uma soma das palavras em inglês “vegan” (vegano) + “january” (janeiro). A campanha global abriu as inscrições nesta terça-feira (6). Quem aderir receberá 31 e-mails ao longo de janeiro, com informações práticas e receitas, além de um livro para ficar por dentro desse estilo de vida.
A surpresa deste ano são as receitas de Anitta, três ao todo: cachorro-quente, uramaki e tacos, todos sem nada de origem animal! As receitas foram produzidas em parceria com a empresa de alimentos baseados em vegetais (plant-based) Fazenda do Futuro, da qual a cantora é sócia.
Os participantes do Veganuary 2023 poderão baixar gratuitamente o e-book de receitas após registro na campanha. Mesmo para quem só quer conhecer esse novo estilo de vida, um mês de mudanças faz uma tremenda diferença para o planeta. Estima-se que, nesse período, uma pessoa economiza mais de 124 mil litros de água e evita a emissão de 273 quilos de dióxido de carbono (CO2).
🌳 L’Oréal Brasil anuncia neutralidade de carbono nas unidades brasileiras
A L’Oréal Brasil anunciou que atingiu a neutralidade de carbono na operação de suas unidades no Brasil. A empresa alcançou a meta 3 anos antes do marco estipulado pelo Grupo globalmente com as iniciativas do compromisso L’Oréal Para o Futuro, que traz objetivos expressivos que devem ser cumpridos até 2030.
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