“Me parece muito preocupante que nossos líderes políticos na Europa sejam incapazes de comunicar que o aumento do custo de vida na atualidade é causado pelos altos preços dos combustíveis fósseis”, explicou Johan Rockstrom – diretor do Instituto Potsdam sobre Mudança Climática – à AFP.
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Rockstrom lançou esta semana o livro “Earth for All” (Terra para todos), no qual acusa os governos de atrasar o enfrentamento da crise do petróleo e gás, desencadeada em grande parte pelo conflito na Ucrânia.
“A única razão pela qual vivemos esta crise atualmente são 30 anos de falta de investimentos”, acusou.
“Alertamos desde 1990 que necessitamos abandonar os combustíveis fósseis”, acrescentou.
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Os verdadeiros custos da mudança
O preço de tentar alcançar o objetivo de zero emissões de CO2 será de 5 bilhões de dólares anuais nas próximas 3 décadas, segundo um cálculo da consultora McKinsey.
Em seu livro, Rockstrom propõe que o Fundo Monetário Internacional (FMI) ajude a cobrir a transição energética em todo o planeta com 1 trilhão de dólares por ano.
Contudo, atualmente, os signatários do Acordo de Paris nem sequer concordam com os 100 bilhões de dólares que os países ricos já deveriam entregar aos menos avançados, seja em ajuda direta ou em empréstimos e cancelamento de dívidas.
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Essa promessa – que é parcialmente não cumprida a cada ano – será um dos temas de discussão na próxima conferência sobre mudanças climáticas: a COP27, em novembro deste ano.
(Com AFP)
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