A onda de calor nos Andes chilenos está derretendo a neve abaixo de 3.000 metros, o que terá efeitos indiretos para as pessoas que vivem nos vales e que dependem da água derretida durante a primavera e o verão.
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A última terça-feira (1º) foi provavelmente o dia de inverno mais quente no norte do Chile em 72 anos, de acordo com Raul Cordero, climatologista da Universidade de Groningen, que disse que os 37°C registrados na estação Vicuña Los Pimientos, na região de Coquimbo, foram causados por uma combinação de aquecimento das temperaturas globais, El Niño e rajadas de leste, conhecidas pelos locais como ventos que trazem clima quente e seco.
Dezenas de estações de monitoramento meteorológico, a mais de 1.000 metros de altitude, registraram temperaturas acima de 35°C no inverno, segundo o blog Extreme Temperatures Around The World.
South America is living one of the extreme events the world has ever seen
— Extreme Temperatures Around The World (@extremetemps) August 1, 2023
Unbelievable temperatures up to 38.9C in the Chilean Andine areas in mid winter ! Much more than what Southern Europe just had in mid summer at the same elevation: This event is rewriting all climatic books pic.twitter.com/QiiUKllWWP
O climatologista afirmou, ainda, que o calor incomum nesta altitude é uma preocupação. “O principal problema é como as altas temperaturas agravam as secas (no leste da Argentina e no Uruguai e aceleram o derretimento da neve”.
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A escassez de água já é um problema terrível na capital do Uruguai, Montevidéu, onde os reservatórios estão secando e a água da torneira não é mais potável.
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