Para conseguir isso, 193 países discutiram em detalhes desde 3 de dezembro cerca de 20 objetivos para salvar os ecossistemas: proteger 30% das terras e mares, reduzir pesticidas, restaurar 20% ou 30% dos solos degradados, entre outros.
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Porém, o consenso sobre a medida exata dessas ambições parece distante se não forem estabelecidas as formas de cobrir as necessidades financeiras para alcançá-las, estimadas entre US$ 200 e 700 bilhões.
Dezenas de países, liderados por Brasil, Índia, Indonésia e África, pedem em uníssono “subsídios financeiros de pelo menos US$ 100 bilhões por ano, ou 1% do PIB mundial até 2030”. O valor representa dez vezes mais que as ajudas atuais.
Para cobrir essa quantia, os países do Sul querem a criação de um novo fundo global para a biodiversidade.
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‘O contexto atual é muito mais favorável”, disse nesta terça-feira (13) o copresidente das negociações, Basile Van Havre, após obter em novembro, na COP27 do clima, um fundo destinado a compensar os danos climáticos sofridos pelos países pobres.
Não só dinheiro público
Criar um novo fundo mundial de biodiversidade seria menos eficaz que reformar os mecanismos financeiros já existentes, argumentou nesta terça (13) o ministro de Meio Ambiente do Canadá, Steven Guilbeault.
Sua posição reflete o consenso entre os países ricos sobre a questão.
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“Por outro lado, temos que estar de acordo que não pode ser apenas dinheiro público”, declarou. Para Guilbeault, é preciso “olhar para todas as fontes de financiamento”: privadas, filantrópicas e públicas, bem como “o Banco Mundial, o FMI e outros bancos de desenvolvimento”.
As negociações ocorrem a portas fechadas e caberá aos ministros do Meio Ambiente resolver o assunto durante a fase política da COP15, que começa na próxima quinta-feira (15).
“Os países doadores tomam muito cuidado para não se comprometer com uma promessa que não podem cumprir”, afirmou Van Havre, que disse ver “abertura” nos países do Sul “que percebem que deve ser algo realista”.
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(com AFP)
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