Veja os destaques do Curto Verde desta quinta-feira (29): a baía de Hudson, no Canadá, é refúgio de verão para milhares de baleias belugas que sofrem com os efeitos das mudanças climáticas; Burguer King anuncia implementação de totens de autoatendimento sustentáveis nos restaurantes do Brasil; estudo sugere taxar viajantes frequentes como uma solução para descarbonizar a aviação; e cientistas afirmam que a Amazônia pode ser o berço de novas doenças, desencadeadas pela ação humana.
De repente, cinco ou seis rodeiam as pranchas de surfistas, mergulham de um lado para sair do outro. Da superfície, veem-se dois olhos pequenos e um enorme sorriso: todos os verões, cerca de 55.000 belugas migram das águas do Ártico para a baía de Hudson, no Canadá.
O estuário canadense permite a estas pequenas baleias brancas, que viajam em bando, dar à luz nestas águas relativamente mais quentes e seguras.
Sob a superfície um pouco turva, as belugas se divertem com a presença dos turistas, que vêm a Churchill para observá-las. Esta pequena cidade de 800 habitantes não é de fácil acesso, pois apenas trem ou avião chegam ali.
Apelidadas de “canários do mar” devido às cerca de 50 vocalizações (assobio, estalos, zumbidos) que emitem, são animais “sociais”, com um “sistema de comunicação muito complexo”, conta Valeria Vergara, que as estuda há anos.
“A beluga é uma espécie centrada no som. É, para eles, como a visão para nós”, detalha a pesquisadora da fundação Raincoast Conservation.
A população de belugas na baía de Hudson é a mais importante no mundo. Mas a diminuição dos glaciares devido às mudanças climáticas, em uma região que aquece de três a quatro vezes mais rápido do que o resto do planeta, é motivo de preocupação para os pesquisadores.
A ZAMP® – máster franqueada Burger King® e POPEYES® no Brasil – está implementando totens sustentáveis nos restaurantes Burger King no País.
A fase inicial prevê cerca de 350 totens, responsáveis pela reciclagem de mais de 70 mil garrafas pet, utilizadas na fabricação dos equipamentos.
A linha de autoatendimento sustentável, chamada de Ecokiosk, é a primeira do tipo instalada em uma rede de fast food nacional com presença global.
Produzidos pela empresa Videosoft, o totem ecofriendly recebeu certificações de sustentabilidade como o Selo Verde, do ICMBio, a certificação do Pacto Global da ONU e o certificado MOSS de redução de CO².
“Estamos evoluindo na transformação digital das nossas lojas e isso é muito importante e estratégico. Mas, todos os nossos movimentos precisam ser planejados e pensados considerando a sustentabilidade de longo prazo das nossas ações. A instalação de totens sustentáveis é uma dessas iniciativas em tecnologia, por meio da qual também queremos minimizar nosso impacto ao meio ambiente, reduzindo as emissões de carbono e outros gases poluentes com a fabricação do equipamento. É a tecnologia aliada a sustentabilidade”, ressalta Fabio Alves, vice-presidente de desenvolvimento da ZAMP®.
Atualmente, 1% da população mundial mais rica causa metade de todas as emissões da aviação mundial. A estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU) é que a transição energética desta indústria custará US$121 bilhões por ano até 2050, e a questão de como esta conta será paga de forma justa e equitativa começa a ganhar terreno na agenda internacional.
Um estudo do Conselho Internacional sobre Transporte Limpo (ICCT🇬🇧), divulgado nesta quarta-feira (28), analisa como uma taxa global para viajantes frequentes (FFL), pode gerar a receita necessária para descarbonizar a aviação de forma equitativa até meados do século.
A ideia de criar algum imposto global para compensar os impactos climáticos da aviação foi uma das reivindicações dos países mais vulneráveis na Assembleia Geral da ONU, na semana passada.
O novo estudo é apresentado no momento em que os representantes dos países e da indústria se reúnem em Montreal, na Organização da Aviação Civil Internacional da ONU (ICAO ), para sua Assembleia Trienal (27 de setembro – 7 de outubro).
Principais conclusões do trabalho incluem:
A implementação de uma taxa global para viajantes frequentes exigiria esforços significativos. Um deles seria a criação de um banco de dados preciso sobre frequência de voo e protegido em relação à privacidade. Também seria necessário estabelecer uma sofisticada estrutura de governança para observar o uso da receita.
Algumas atividades humanas podem transformar a Amazônia em um berço de novas doenças, entre elas: o desmatamento, o uso de terra para mineração ou a construção de rodovias e hidrelétricas, a caça ilegal e a criação de gado.
O desmatamento e a redução da biodiversidade aumentam os riscos para o surgimento das novas zoonoses, até mesmo uma nova pandemia pode ser desenvolvida.
As informações estão no artigo publicado na revista “Anais da Academia Brasileira de Ciências”, concebido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e outros colaboradores.
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O Curto Verde é um apanhado diário do que você precisa saber sobre meio ambiente, sustentabilidade e demais temas ligados à nossa sobrevivência e do planeta.
(Com AFP)
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