Com base nessas descobertas, os autores alertam que mais de um quinto dos ecossistemas em todo o mundo – incluindo a floresta amazônica – correm o risco de sofrer um colapso catastrófico durante a vida humana.
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“Isso pode acontecer muito em breve”, disse o professor Simon Willcock, da Rothamsted Research, que co-liderou o estudo. “Poderíamos ser a última geração a ver a Amazônia.”
A pesquisa, publicada na Nature Sustainability na quinta-feira (22)🇬🇧, provavelmente gerará um debate acalorado. Comparada com a ligação há muito estabelecida e comprovada entre os combustíveis fósseis e o aquecimento global, a ciência dos pontos de inflexão e suas interações é relativamente subdesenvolvida.
O principal órgão consultivo científico das Nações Unidas, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, tem sido mais cauteloso. Em seu último relatório, disse que havia uma chance de um ponto de inflexão na Amazônia até o ano de 2100.
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No entanto, vários cientistas baseados no Brasil, alertaram que isso pode acontecer muito mais cedo. O novo estudo destaca essa perspectiva alarmante. Ele observa que a maioria das pesquisas apresentadas até agora, se concentrou em um fator de destruição, como mudança climática ou desmatamento. Mas quando você combina isso com outras ameaças, como estresse hídrico, degradação e poluição dos rios pela mineração, o colapso ocorre muito mais rapidamente.
Embora o escopo do estudo seja limitado, os autores disseram que os resultados mostraram a necessidade de os formuladores de políticas agirem com mais urgência.
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