Presidente da COP28 quer mais financiamento climático para países em desenvolvimento

“Sou a favor de maiores ambições” na luta contra as mudanças climáticas, afirmou, em entrevista à AFP, Sultan Ahmed al Jaber, que participa da reunião ministerial do G7 sobre Clima, Energia e Ambiente, este fim de semana em Sapporo, no norte do Japão.

The G7 Ministers’ Meeting on Climate, Energy and Environment kicked off in Sapporo on Saturday https://t.co/Y4rlNg1qUU pic.twitter.com/V2Gs9w1evJ
— The Japan News (@The_Japan_News) April 15, 2023

No entanto, estas iniciativas devem ser “acompanhadas” de um financiamento mais “acessível” aos países emergentes, acrescentou.

“Chegou a hora” de ter “um acordo justo para os países do Sul“, que por enquanto recebem menos fundos para mitigar as mudanças climáticas, mesmo sendo os “mais necessitados”, insistiu o ministro da Indústria e Tecnologia Avançada dos Emirados Árabes Unidos.

No domingo, o G7 se comprometerá, ao lado dos demais países desenvolvidos, a mobilizar a arrecadação de US$ 100 bilhões (R$ 494 bilhões) anuais para financiar medidas contra o aquecimento global nos países emergentes, de acordo com a mais recente versão provisória da declaração final do grupo, consultada pela AFP.

Muitas expectativas, pouca confiança

Este compromisso remonta a 2009 e deve ser alcançado três anos depois da meta inicial de 2020.

“Há grandes expectativas (dos países do Sul em relação aos do Norte), mas muito pouca confiança“, disse Al Jaber, que realiza uma série de visitas a países emergentes para ouvir suas demandas sobre esta temática.

Ele também destacou a necessidade de encontrar um “equilíbrio entre a paixão e o realismo” sobre o clima, para que se possa chegar a um acordo “concreto” e “pragmático” na COP28, que acontece entre novembro e dezembro de 2023.

Em um discurso feito a portas fechadas aos ministros do G7 reunidos em Sapporo, do qual a AFP obteve uma cópia, o presidente da COP28 instou ao mundo que triplique os fundos disponíveis para combater as mudanças climáticas nos países emergentes até 2030.

“Temos que triplicar a capacidade mundial de energias renováveis” até 2030 e “multiplicá-la por seis até 2040”, enfatizou.

(Com AFP)

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