Sustentabilidade

Senado exclui agropecuária e aprova projeto que regulamenta mercado de carbono no Brasil

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o projeto de lei que cria o mercado de carbono no Brasil. Acordo firmado com a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) para excluir o setor das regras do mercado de carbono permitiu a aprovação da proposta por unanimidade na CMA. O texto que cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) agora segue para análise da Câmara dos Deputados. 

Publicado por
Isabella Caminoto

A relatora senadora Leila Barros (PDT-DF) argumentou que acolheu a demanda da bancada ruralista porque não existem formas para medir a emissão de carbono de atividades agropecuárias, além disso, sustentou que os principais mercados de carbono do mundo não incluem agricultura e pecuária na regulação.

“Se observa nos principais mercados regulados de carbono em que a agropecuária não é incluída na regulação, sobretudo pela importância do setor para a segurança alimentar e pelas muitas incertezas ainda existentes na metodologia de estimativa dos inventários de emissões do setor”, justificou a senadora. 

A coordenadora da FPA no Senado, senadora Tereza Cristina (PP-MS), agradeceu a posição da relatora “para que o agro fosse, neste momento, excluído, não porque ele não quer participar. O agro é o grande vendedor, vamos ser grande fornecedor de crédito de carbono”. 

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, participou da sessão e elogiou o acordo firmado. “Nenhum país do mundo que já tem seu mercado de carbono colocou esse setor. Por isso, eu saúdo o acordo construído aqui porque ele consolida esse sistema brasileiro que, na prática, estabelece um mercado de carbono adequado aos parâmetros internacionais”.

Estudo da Consultoria legislativa da Câmara dos Deputados mostra que a agropecuária é responsável por 25% das emissões de gases do efeito estufa, sendo o desmatamento responsável por 49% das emissões no Brasil.

Mercado de Carbono

O mercado de carbono previsto no projeto fixa cotas para as empresas emitirem gases do efeito estufa, que são os responsáveis pelo aquecimento da terra e impulsionam as mudanças climáticas. 

De acordo com o texto aprovado, empresas ou indústrias que emitam acima de 10 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano ficarão sujeitas as regras do mercado de carbono do país. Quem emitir acima de 25 mil toneladas de CO2 ficará sujeito a regras mais rígidas, com previsão de sanções e multas para os casos do descumprimento de metas.

As empresas que emitem menos, portanto, poderão vender os créditos que acumularem às empresas que não cumprirem com suas cotas de emissão de carbono, transformando em dinheiro a redução da emissão de gases do efeito estufa. O projeto prevê um período de até seis anos, depois de sancionado, para as empresas e o governo se adaptarem às novas regras.

Segundo a relatora Leila Barros, o Banco Mundial calculou que o mercado de carbono em 2022 movimentou US$ 100 bilhões, aumento de 10% em relação a 2021.

Caráter terminativo

Como a matéria foi aprovada em caráter terminativo, ela segue direto para a Câmara dos Deputados, sem precisar passar pela análise do plenário do Senado. O tema deve ir ao plenário do Senado apenas se um recurso com assinatura de nove senadores for apresentado. 

O governo e a relatora senadora Leila Barros (PDT-DF) acreditam que o acordo com a bancada ruralista que excluiu a agropecuária do mercado de carbono criou as condições para a matéria ser aprovada em caráter terminativo na CMA. 

(Com Agência Brasil)

Leia também:

* O texto desta matéria foi parcialmente gerado por ferramentas de inteligência artificial, modelos de linguagem de última geração que auxiliam na elaboração, revisão, tradução e resumos de textos. As entradas de texto foram criadas pela equipe do Curto News e as respostas das ferramentas de IA foram utilizadas para aprimorar o conteúdo final.
É importante destacar que as ferramentas de IA são apenas ferramentas, e a responsabilidade final pelo conteúdo publicado é do Curto News. Ao utilizarmos essas ferramentas de forma responsável e ética, nosso objetivo é ampliar as possibilidades da comunicação e democratizar o acesso à informação de qualidade.
🤖

Este post foi modificado pela última vez em 4 de outubro de 2023 14:14

Isabella Caminoto

Advogada e mestranda em Direito Internacional, tenho a democracia e a liberdade como bandeiras irrenunciáveis. Sou apaixonada pelos animais e acredito que o bem-estar do nosso planeta deveria ser o destaque diário da pauta da nossa sociedade.

Posts recentes

Google I/O 2024: Mais uma vez, a IA será o centro das atenções

A conferência anual de desenvolvedores do Google, o Google I/O, está marcada para a próxima…

12 de maio de 2024

Eightify: A ferramenta de IA para resumir vídeos e podcasts

Eightify é uma ferramenta inovadora que utiliza inteligência artificial (IA) para transformar vídeos longos do…

12 de maio de 2024

Apple pode trazer transcrição por IA para Voice Memos e Notes; saiba mais

A Apple está prestes a dar um grande passo no mundo da inteligência artificial (IA)…

12 de maio de 2024

Playform: O canivete suíço de IA para artistas profissionais

O Playform é um aplicativo impulsionado por inteligência artificial (IA) para a criação de imagens…

12 de maio de 2024

Potencialize suas conversas com o ChatGPT: Atalhos usando a Memória

Você sabia que a nova função Memória do ChatGPT pode ser programada com atalhos para…

11 de maio de 2024

CEO da OpenAI nega lançamento de busca antes da Google I/O

O CEO da OpenAI, Sam Altman, negou os rumores divulgados pela Reuters sobre o lançamento…

11 de maio de 2024