Você sabia que alguns jogos virtuais permitem trocas com criptomoedas? Críticos dizem que a prática será a ruína dos gamers. O Curto te explica a polêmica.
Especialistas do mundo dos jogos eletrônicos estão debatendo o interesse de grandes empresas do setor pela tecnologia blockchain, um dos pilares das criptomoedas, que entrou em colapso recentemente.
As criptomoedas, que já eram usadas nas negociações financeiras virtuais, passaram também a ser a moeda de troca no universo dos games, por meio de blockchain. Essa novidade trouxe entusiasmo e ao mesmo tempo preocupação para a comunidade gamer, provocando polêmica.
“Tudo o que acontece neste espaço agora é simplesmente ruim, para não dizer terrível”, explicou o designer de jogos brasileiro Mark Venturelli em entrevista à Agência France Press (AFP).
Venturelli, CEO da Rogue Snail e diretor criativo do jogo mobile Relic Hunters, foi convidado a participar do maior festival de jogos do Brasil, em São Paulo, para falar do futuro do setor bilionário. Ele aproveitou para destacar “problemas e ameaças oferecidas pelo “blockchain gaming”, defendendo que a tecnologia é “inimiga do mercado de games”.
Segundo os defensores da criptocultura, a tecnologia blockchain permite que usuários de jogos eletrônicos recuperem parte do dinheiro que investem em seu hobby, com a criação e venda de avatares, por exemplo.
O problema está no uso, que vem provocado efeito contrário: os fabricantes de games é que poderão aumentar seus lucros, aproveitando a falta de clareza legislativa em torno dessas novas tecnologias, explicou Venturelli.
Blockchain é um bloco de dados que registra as transações digitais no “Bloco mãe”, é como se fosse um extrato, ou histórico do que foi feito, ligando uma coisa à outra. Com os avanços, jogos foram criados nesta rede de criptomoedas, e os jogadores podem fazer transações instantaneamente, sem problema nenhum. A troca é feita por criptomoedas no blockchain.
As criptomoedas colapsaram, mudando todo o setor do mercado de arte e do luxo, que começaram a emitir os NFTs. O Neymar, jogador de futebol, chegou a gastar R$6 milhões comprando três obras, que já foram desvalorizadas e valem, agora, cerca de R$1 milhão.
O NFT é o registro digital da posse de um bem, podendo ser real ou virtual, que não pode ser copiado ou replicado, como uma obra de arte física. A autenticidade da obra é registrada na blockchain.
Com informações AFP
Foto de destaque: Unsplash
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