Lula na COP
Créditos da imagem: Reprodução/Redes Sociais

Diário da COP27: veja o que foi destaque no 11º dia da Cúpula do Clima

Confira alguns destaques desta quinta-feira (17) no 11º dia da Cúpula do Clima (COP27) no Egito. A data foi marcada pela divulgação do rascunho de acordo - que não agradou muita gente - enquanto a conferência se aproxima do final.

Nesta quinta-feira (17), o assunto do dia na COP27 foi o debate sobre soluções para o clima.

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Rascunho de um acordo muito abaixo das expectativas

A quinta-feira (17) começou movimentada na COP27. Isso porque a agência climática da ONU publicou um primeiro rascunho do que poderia ser o acordo desta Cúpula.

O texto se omitiu a respeito dos apelos para a redução gradual de todos os combustíveis fósseis, o que significa que a reunião repleta de preocupações pode não ir além das metas focadas no carvão da Cúpula do ano passado.

Organizações não-governamentais (ONGs) envolvidas nas negociações foram rápidas em criticar a liderança egípcia da COP pelo novo texto.

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“Esta pretendia ser uma COP para implementação, onde os governos poderiam mostrar seu progresso e se comprometer com novos financiamentos, ações e metas climáticas significativas, mas não é isso que vimos”, disse Manuel Pulgar-Vidal, da WWF, em comunicado.

O esperado é que novas versões do documento sejam lançadas, conforme os países oferecem seus comentários.

Setor público carbono zero

Um setor público com emissões de carbono zero até 2050. Esse é o objetivo de um acordo assinado por 18 países, incluindo Reino Unido, França e Austrália, e revelado na COP27.

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O planejamento é direcionado a emissões provenientes do uso governamental de eletricidade, carros e outras fontes. Por exemplo, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos (EUA) – o maior consumidor de energia do país – é o maior consumidor institucional mundial de petróleo por causa do combustível usado hoje em seus caminhões, tanques, navios e outros veículos.

John Kerry, enviado climático dos EUA, disse que o acordo mostra que há um “consenso global crescente sobre o papel dos governos na transição” para a energia limpa.

Enchentes na África

As fortes chuvas por trás das recentes inundações devastadoras na Nigéria, Níger e Chade, na África, foram cerca de 80 vezes mais prováveis ​​devido à crise climática, segundo um estudo realizado por uma equipe internacional de cientistas do clima como parte do grupo World Weather Attribution (WWA).

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Centenas de pessoas foram mortas, 1,5 milhão foram deslocadas e mais de 500 mil hectares de terras agrícolas foram danificados.

As descobertas aumentaram a pressão sobre os negociadores da COP27 para fornecer um financiamento significativo aos países vulneráveis.

Lula fala em eventos com lideranças indígenas e sociedade civil

O presidente eleito participou de eventos com membros da sociedade civil brasileira e também com representantes do Fórum Internacional dos Povos Indígenas e do Fórum dos Povos sobre Mudança Climática em uma sala da COP27.

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Lula disse que colocará os direitos indígenas no centro de sua presidência, já que é um fato científico que eles são os melhores guardiões da natureza em seus territórios ao redor do mundo.

A volta de Guterres

O secretário-geral da ONU, António Guterres, retornou ao Egito, após a reunião do G20.

Ele defendeu a adoção de um acordo “ambicioso” sobre perdas e danos causados pela mudança climática e pediu apoio financeiro para que os países pobres possam enfrentar o aquecimento global.

“Há claramente uma falta de confiança entre o Norte e o Sul”, disse Guterres em entrevista coletiva. “A maneira mais eficaz de reconstruir essa confiança é por meio de um acordo ambicioso e confiável sobre perdas e danos e apoio financeiro aos países em desenvolvimento”, acrescentou.

“Este não é o momento para recriminações. Culpar uns aos outros é a garantia de destruição mútua”, alertou.

“O tempo de se discutir perdas, danos e finanças acabou. Precisamos de ações”, insistiu Guterres.

Ação climática deve ser prioridade número 1, revela pesquisa

A ação contra os impactos do aquecimento global deve ser a maior prioridade dos Estados, à frente da inflação, da crise energética, ou mesmo da ameaça nuclear russa – revela uma pesquisa feita pela YouGov em cinco países europeus e nos Estados Unidos publicada com exclusividade pela Agence France-Presse (AFP).

Mais da metade dos entrevistados – entre 1.000 e 2.000 em cada país – pede que a questão climática se torne uma “prioridade”, qualquer que seja a situação econômica mundial, contra apenas 30% que querem que ela seja “deixada em suspenso”, enquanto os outros problemas são resolvidos.

Faltando apenas um dia inteiro de negociações oficiais, não há acordos claros sobre questões-chave, incluindo financiamento para perdas e danos. Vamos esperar ansiosamente os desfechos desta sexta-feira (18) decisiva na COP27.

A Conferência Internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas – COP27 – começou no último domingo (6), no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh. A COP é o grande evento anual da ONU cujo objetivo é discutir ações que visam o enfrentamento das mudanças climáticas. 

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