Ministério Público Eleitoral denuncia Roberto Jefferson e filha por ataques a ministra Cármen Lúcia

O Ministério Público Eleitoral (MPE) denunciou o ex-deputado federal Roberto Jefferson e a filha dele, a também ex-deputada Cristiane Brasil, pelos ataques contra a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia. Jefferson comparou a ministra a 'prostitutas', 'arrombadas' e 'vagabundas' em vídeo publicado nas redes sociais em outubro, o que o levou de volta a prisão.

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Marcela Guimarães

23 de novembro de 2022 10:01

Ministério Público Eleitoral denuncia Roberto Jefferson e filha por ataques a Cármen Lúcia (via @fausto_macedo) https://t.co/edjfg83tYf
— Estadão 🗞️ (@Estadao) November 22, 2022

Você deve se lembrar daquelas cenas bizarras de Roberto Jefferson armado até os dentes atacando granadas e atirando contra policiais federais que chegaram para prendê-lo. Relembre o caso:

Roberto Jefferson se entrega à polícia após resistir com granada e fuzil à ordem de prisão de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão de Roberto Jefferson, que descumpriu medidas da prisão domiciliar. Durante o cumprimento de mandado de prisão neste domingo (22), o ex-deputado federal e ex-presidente do PTB atacou agentes da Polícia Federal (PF) com tiros de fuzil e granadas – dois foram feridos. Após 8 horas, ele se entregou.

Mas mesmo depois de ser preso, o ex-deputado apoiador de Jair Bolsonaro (PL) repetiu as ofensas feitas a Cármem Lúcia na audiência de custódia, quando Roberto Jefferson se desculpou “com as prostitutas” pelo que chamou de ‘má comparação’. A gravação foi compartilhada por Cristiane Brasil, filha dele, que defendeu o impeachment da ministra do STF.

Acusações

O MPE acusa os ex-deputados de injúria. A promotora Eleitoral Annunziata Alves argumentou que os ataques foram ‘premeditados, com menosprezo e discriminação à condição de mulher’ e que a ministra foi ‘exposta a milhares de pessoas’ nas redes sociais.

O Ministério Público Eleitoral decidiu não oferecer o chamado acordo de transação penal, usado em infrações de menor potencial ofensivo, por considerar que ele seria ‘insuficiente para reparar os crimes’.

Fonte: Estadão Conteúdo

Veja também:

PF indicia Roberto Jefferson por quatro tentativas de homicídio de policiais

A Polícia Federal indiciou Roberto Jefferson por quatro tentativas de homicídio. No último domingo (23), o ex-deputado atirou e jogou granadas contra agentes que compareceram a sua casa, no interior do Estado do Rio, para cumprir ordem de prisão preventiva. As acusações correspondem não só aos policiais que ficaram feridos, mas também a dois agentes que estavam em uma viatura e não foram atingidos.

Este post foi modificado pela última vez em 23 de novembro de 2022 10:01

Marcela Guimarães