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ONU denuncia aumento de massacres e expansão de grupos armados na Colômbia

A Colômbia registrou 52 massacres nos primeiros seis meses de 2023, um aumento de 11% em relação ao semestre anterior, e vive uma expansão territorial de grupos armados, apesar das tréguas que o governo firmou neste ano com vários grupos armados, aponta um balanço apresentado pela ONU nesta terça-feira (15).

“Nos massacres verificados, continua-se observando que uma alta porcentagem dos mesmos tem como supostos autores grupos armados não estatais e organizações criminosas”, destacou a representante na Colômbia do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Juliette De Rivero, durante a apresentação do relatório sobre a situação humanitária do país, em Bogotá.

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Os massacres – definidos pela ONU como o assassinato de três ou mais pessoas indefesas em um mesmo local – deixaram 168 mortos no primeiro semestre, 19 deles menores de idade.

A representante também expressou sua preocupação com a “contínua expansão territorial de grupos armados e as estratégias violentas de controle social que usam contra a população civil e as organizações de base, apesar do processo de diálogo oferecido”.

No fim do ano passado, o presidente colombiano Gustavo Petro anunciou um cessar-fogo bilateral de seis meses com os cinco principais grupos armados que operam no país. A trégua foi rejeitada dias depois pela guerrilha do ELN, que retomou as hostilidades em janeiro e, posteriormente, concordou com um cessar-fogo que entrou em vigor no último dia 3, como parte das negociações com delegados do Executivo na Venezuela.

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Por outro lado, as violações da trégua pelo grupo do narcotráfico Clã do Golfo e por uma facção dissidente do pacto de paz que desarmou as Farc conhecida como Estado Maior Central (EMC) levaram o governo a suspender completamente a interrupção das hostilidades com o primeiro grupo e a levantar o cessar-fogo em quatro regiões do sul do país com o segundo.

Como parte da sua política de Paz Total, Petro, primeiro esquerdista a chegar ao poder na Colômbia, busca desmantelar os grupos armados por meio do diálogo. Mas a oposição denuncia que os ilegais aproveitaram essa política para se fortalecer e atacar a força pública.

A ONU pediu ao governo “uma articulação melhor entre a política de paz total, a política de desmantelamento e a política de segurança”, e valorizou o fato de os assassinatos de defensores dos direitos humanos terem diminuído 19% em relação ao semestre anterior. Os 46 casos registrados no primeiro semestre, no entanto, são “intoleráveis”, ressaltou Juliette.

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Maior produtor mundial de cocaína, a Colômbia vive um conflito de seis décadas em que se enfrentam traficantes de drogas, guerrilheiros, grupos paramilitares e agentes do Estado.

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